Rio - Com a corda no pescoço e na mira da torcida após mais um tropeço no Carioca, o técnico Cristóvão Borges precisa classificar o Vasco para a quarta fase da Copa do Brasil, se quiser manter seu emprego. Uma dura missão. Afinal, o Vitória vai jogar por um empate sem gols no Barradão — o primeiro duelo, na Colina, terminou 1 a 1 — e a defesa vascaína foi vazada em todos os jogos da atual temporada. Foram 16 gols em 13 partidas.
Após o empate em 2 a 2 com o Macaé, domingo, no Engenhão, Cristóvão reconheceu o antigo problema, mas que ficou mais evidente no confronto com uma equipe que havia perdido as cincos partidas na Taça Guanabara.
A marcação foi tão frouxa que chegou ao cúmulo de o Macaé trocar passes por um minuto e 50 segundos antes de Rafinha marcar o segundo gol. Único jogador a conversar com os jornalistas na tarde de ontem, em São Januário, o meia Guilherme Costa garante que o grupo está fechado com o treinador.
"Não só eu, mas outros jogadores já falaram. Estamos fechados com o Cristóvão. Por mais que haja essas críticas, a torcida quer resultados. Dentro de campo corremos por ele. Na quinta-feira, temos tudo para sair com uma vitória", aposta.
Questionado sobre as causas das péssimas exibições do Vasco, Guilherme, de 22 anos, que pode ganhar nova chance no lugar de Wagner, que ainda não está em sua melhor forma, não soube responder: "Não dá para explicar. É estranho responder isso. A gente treina bem, chega no jogo e as coisas não acontecem. Às vezes, tem muitas chances que a gente não consegue concluir. É um detalhe que faz toda a diferença".
Resta saber se Cristóvão vai conseguir acertar a marcação contra o Vitória. Afinal, um novo revés dificilmente será perdoado pela diretoria.