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Guapimirim – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a venda de lotes de losartana potássica que antes estavam proibidos. A medida foi publicada no Diário Oficial da União dessa quarta-feira (13/7) e já tinha sido informada no dia anterior (12). Com isso, o recolhimento dos lotes específicos também foi revogado.
Na prática, significa que o órgão revogou as suspensões impostas no passado dia 22 de junho contra o medicamento produzido por oito fabricantes: Aché, Biolab, Brainfarma (Neoquímica), Cimed, Eurofarma, Geolab, Prati-Donaduzzi e Teuto.
Pacientes de Guapimirim e de outras partes do país que tinham losartana potássica dos lotes afetados agora poderão usá-lo mais tranquilamente.
As interdições em lotes específicos desses laboratórios foram por causa da presença da impureza “azido”, na qual acreditava-se que poderia provocar efeitos mutagênicos a longo prazo.
De acordo com a Anvisa, estudos realizados pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) constataram que a referida impureza “não possui toxicidade inicialmente identificada” e que “os lotes de medicamentos recolhidos ou interditados não ultrapassam os limites de segurança”.
A impureza “azido” foi reclassificada como não mutagênica, ou seja, não é capaz de danos às células humanas, segundo o estudo.
A losartana potássica é utilizada no tratamento de hipertensão arterial e é um dos medicamentos mais consumidos no Brasil.