Rogério de Andrade foi patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel
Rogério de Andrade foi patrono da Mocidade Independente de Padre MiguelBANCO DE IMAGENS
Por O Dia
Rio - A Polícia Civil não conseguiu encontrar o contraventor Rogério Andrade, após a juíza Viviane Ramos de Faria, da 1ª Vara Criminal do Fórum da Capital, decretar a órdem de prisão dele na noite desta sexta-feira (12), como mandante do assassinato do bicheiro Fernando de Miranda Iggnácio.

Em nota enviada neste sábado (13), a Polícia Civil afirmou que os agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) estão realizando diligências a fim de localizar o contraventor. O órgão pede ajuda com informações que possam levar à localização de Rogério, através do Disque Denúncia (21 2253-1177). Ele é considerado foragido.
Na última quinta-feira (17) a polícia civil também realizou uma operação para cumprir quatro mandados de busca e apreensão contra ex-seguranças do contraventor Rogério de Andrade.

Questionado pelo DIA sobre a Polícia Civil considerar Rogério Andrade como foragido, o advogado Raphael Mattos, responsável pela defesa de Rogério, disse que neste caso é um procedimento padrão, mas que em sua visão, é precipitado.

“A decisão de prisão só ocorreu na sexta à noite. Apenas lamento não terem sido tão diligentes nos atos de investigação, suprimindo dele o direito de ser ouvido em tempo razoável, após meses de investigação. Até o indiciamento foi indireto, quando poderia ter sido na sua presença, se realmente fosse o interesse de ouvi-lo”, disse o advogado.

Ele também afirmou que irá entrar com um recurso de habeas corpus em defesa do acusado.

“No apagar das luzes , com as investigações já concluídas, incluíram ele sem qualquer elemento novo (se há, deveriam dizer qual é!). Como a decisão de prisão foi baseada nas palavras do Ministério Público e não nos elementos de prova, impetraremos habeas corpus, em razão de manifesto constrangimento ilegal, em razão não só da prisão, como da acusação contra ele”, concluiu.

Entenda o caso:

Fernando Ignácio travou uma luta durante décadas pela herança de Castor de Andrade, lendário bicheiro morto em 1997. Desde a morte de Castor, o filho Paulo Roberto, o sobrinho Rogério de Andrade e o genro travaram uma sangrenta batalha pelo espólio da contravenção, principalmente o das máquinas de caça-níquel.
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De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), o crime aconteceu por volta das 9h, quatro homens chegaram de automóvel ao local do assassinato, tendo três deles invadido o terreno baldio que faz divisa com o heliporto, usando pelo menos dois fuzis.

Após aguardarem por cerca de quatro horas, Fernando Iggnácio desembarcou em seu helicóptero, retornando de Angra dos Reis. Os homens, então, posicionaram suas armas em cima do muro, a uma distância de, aproximadamente, quatro metros do local onde estava estacionado o automóvel dele. A vítima foi atingida com três disparos, um deles na região da cabeça. Um dos mandantes do assassinato, segundo a acusação, teria sido Rogério Andrade.