Mulher morre na rua e corpo fica mais de 13 horas à espera de remoção
Marido e filho da vítima passaram a noite à espera do corpo ser recolhido para o Instituto Médico Legal (IML)
Geral - Mulher morta rua e corpo fica mais de 13h a espera de remoçao. Na foto, Alexandre Graciano, marido da mulhar morta, Cristiane Pedro Gomes e Harrison Leandro, filho. - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Geral - Mulher morta rua e corpo fica mais de 13h a espera de remoçao. Na foto, Alexandre Graciano, marido da mulhar morta, Cristiane Pedro Gomes e Harrison Leandro, filho.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - Após mais de 13 horas de espera, o mestre de obras Alexandre Graciano, de 43 anos conseguiu que o corpo de sua mulher fosse removido por volta das 8h50 desta quarta-feira de um ponto de ônibus no Caju, na Zona Portuária do Rio, para o Instituto Médico Legal (IML). Cristiane Pedro Gomes, de 43 anos, passou mal por volta das 18h de terça-feira e morreu no local. Ela chegou a ser socorrida por outros pedestres e policiais militares, mas não resistiu. Ainda segundo o marido da vítima, funcionários do Samu estiveram lá e emitiram o atestado de óbito, mas só fizeram a remoção do corpo às 8h50 de hoje, após uma madrugada de descaso.
“Ela passou mal no ponto de ônibus vindo para casa. Entre 30 minutos a uma hora já soubemos do óbito. Começaram a resolver os trâmites, a PM deu assistência, o Samu deu assistência, mas parou na remoção”, explicou.
Segundo Alexandre, ele e o filho, Harrison Leandro, de 23 anos ficaram desde as 19h no local aguardando para que o corpo fosse removido. “Minha mãe sempre batalhou e não merecia estar nesse estado”, desabafou o jovem.
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O rapaz explicou que uma enfermeira do Into fez o contato com a família por volta de 18h30 pedindo que eles fossem até o local pois a mulher havia passado mal. Segundo o Corpo de Bombeiros, o procedimento para remoção de corpos é iniciado pela delegacia e até às 7h55 da manhã de hoje não havia chamado para a ocorrência.
Ainda de acordo com a corporação, o acionamento do serviço de remoção de cadáveres é feito exclusivamente pela delegacia da área, que emite um documento chamado GRC (Guia de Recolhimento de Cadáver).
"A retirada de um corpo pela equipe de militares depende da emissão da documentação citada, que, podemos dizer, funciona como uma autorização legal para o recolhimento. Inclusive, a GRC é imprescindível para a entrada no IML", alegou o Corpo de Bombeiros.
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Já a Polícia Civil disse que a remoção de corpos é de responsabilidade da corporação apenas em casos de morte violenta, mas que para auxiliar a prefeitura e a família, a 17ª DP (São Cristóvão) solicitou a remoção neste caso.
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