Adilson Ribeiro atua desde o ano de 1987 na Guarda Civil Municipal de Italva.Lili Bustilho

ITALVA - "Patrulheiro, protetor e amigo". Fazendo jus ao lema da instituição, o agente da Guarda Civil Municipal (GCM) de Italva, no Noroeste Fluminense, Adilson Ribeiro, durante uma noite de plantão na rodoviária do município ao notar que uma senhora estava perdida no local não mediu esforços para auxiliá-lá ao retorno para casa. Ele foi além de atribuições de rotina e ao perceber que a idosa é portadora de Alzheimer descobriu que ela mora em Macaé, no Norte Fluminense, e estava perdida no Terminal Rodoviário Prefeito Eliel Almeida Ribeiro. O GCM Ribeiro teve todos os cuidados necessários para garantir a segurança e o retorno de dona Maria das Graças Pereira de 70 anos, ao bairro Virgem Santa, que fica há cerca de 170 km de distância de Italva.
Em entrevista ao O DIA, um dos filhos, Magno Pereira de Oliveira, contou que em outra ocasião a mãe, sem consentimento de familiares, já havia comprado passagem para visitar parentes em Minas Gerais, porém foi proibida por ele. Já desta vez, no último dia 10, Magno explica que ao saberem da nova passagem Maria das Graças viajou mesmo com ele pedindo para que ela não fosse. O trajeto seria percorrido em um primeiro ônibus de Macaé para Itaperuna e então ocorreria a baldeação de veículo para Muriaé onde residem irmãos de dona Maria. No entanto a idosa teria desembarcado em Italva pensando ser o município que faria a troca de transporte coletivo para seguir viagem. Apesar de contatos com a mãe ela não atendia o telefone.
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Magno demonstra gratidão ao guarda municipal e o define em uma palavra. "Anjo de Deus. Só posso chamar o Ribeiro de um verdadeiro anjo. O que ele fez não tem como pagar. Ele se preocupou em fazer contato com um familiar, em nos informar detalhes de como minha mãe estava, de que não tinha mais horário de ônibus para Itaperuna, enfim, era como se minha mãe fosse uma parente dele", enfatizou.
Maria das Graças ficou hospedada na residência de conhecidos de um vizinho de Macaé até ser encaminhada na manhã do dia seguinte de volta para casa. Magno Pereira ainda destacou que o "anjo divino" GCM Ribeiro se incumbiu de avisar ao motorista sobre a história de dona Maria e pedir que ela só desembarcasse quando um familiar a recebesse em Macaé. "Até com isso ele se preocupou. Avisou que minha mãe tinha se perdido e eu o esperava ao término do trajeto. Não há como agradecer. Inclusive minha mãe é analfabeta então ficaria mais difícil ainda qualquer contato ou localização. Já convidei o Adilson para quando estiver na cidade onde moramos nos visitar. Quero conhecê-lo pessoalmente. Será um prazer!", concluiu.
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O supervisor, GCM Israel Pimenta, enalteceu o trabalho de Ribeiro e pontuou o profissionalismo, dedicação e compromisso do colega com a Instituição considerada um das mais atuantes do Noroeste Fluminense.