O viés de alta nos empregos em Macaé deu mais uma prova em outubro.Foto: Divulgação.

MACAÉ - O viés de alta nos empregos em Macaé deu mais uma prova em outubro. Pelo quarto mês consecutivo, a cidade foi a segunda que mais abriu vagas de trabalho em todo o estado do Rio – enquanto Campos, embora acumule 10 meses consecutivos de alta, fechou outubro com o menor saldo do ano. É o que aponta um levantamento da Firjan a partir da plataforma Retratos Regionais, feita com base em dados do Caged. No Norte Fluminense, cinco das nove cidades tiveram saldo positivo em outubro, último mês divulgado.

“A retomada econômica vem sendo gradual, e ainda existem algumas incertezas no horizonte da pandemia. Mas continuamos seguros de que o pior já passou, e que o momento é de recuperação”, afirmou o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira. Em outubro, Macaé acumulou 1.299 vagas abertas, com destaque para Indústria e Construção (+841), bem acima do segundo colocado, o setor de Serviços (+253). Com isso, foi a segunda cidade maior geradora de empregos, atrás apenas da capital.
Situação que se repete desde julho: já são 6.031 postos de trabalhos gerados no período, tendo, novamente, Indústria e Construção (+3.044) com maior contratante. Já Campos vem acumulando saldos positivos desde janeiro. Mas, em outubro, teve a menor alta no ano: 88 postos de trabalho criados, puxados pelo setor de Serviços (+147). Atividades de vigilância (+99) e Construção (+88) foram os maiores contratantes entre os grandes segmentos no município.

Em outubro, apenas três cidades do Norte Fluminense tiveram saldo negativo: Carapebus (-3), São Fidélis (-3) e São Francisco de Itabapoana (-666), esta última, muito influenciada pelo fim do ciclo da cana-de-açúcar. Quissamã teve saldo zero, o que significa que abriu tantas vagas quanto fechou naquele mês. Indústria e Construção (+762) foram, novamente, os principais contratantes em outubro na região.

Estado recupera vagas perdidas no auge da pandemia

Em todo o estado, foram 19.703 postos de trabalho formais criados em outubro. Com isso, o mercado de trabalho fluminense recuperou os empregos perdidos no início da pandemia de Covid-19. Entre março e agosto de 2020 foram extintos 198.649 postos de trabalho e, de setembro de 2020 a outubro de 2021, foram abertos 200.226.

“Esse resultado, além de mostrar recuperação dos empregos, indica que os empresários fluminenses estão confiantes. É um marco importante, mas temos que continuar atentos a fatores que podem impactar essa retomada, entre eles as questões estruturais”, diz Rodrigo Santiago, presidente do Conselho Empresarial de Economia da Firjan.

Em outubro, os setores da indústria e construção abriram 3.910 postos de trabalho. A construção civil (+1.003) seguiu se destacando, seguida por Serviços Industriais de Utilidade Pública (+721), Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos (+686) e Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios (+652).

O setor de Serviços abriu 11.682 vagas no mês, com destaque para Restaurantes e Outros Estabelecimentos de Serviços de Alimentação e Bebidas (+2.153) e Fornecimento e Gestão de Recursos Humanos para Terceiros (+1.107). No Comércio, o saldo de outubro foi de 4.884 contratações e os destaques foram Hipermercados e Supermercados (+782) e Vestuário e Acessórios (+750). Já a agropecuária fechou 773 vagas.

No acumulado de janeiro a outubro deste ano, o estado abriu 142 mil postos de trabalho, distribuídos entre os setores de serviços (+82,5 mil), indústria e construção (+33,5 mil), comércio (+23,8 mil) e agropecuária (+2,4 mil). As contratações estão disseminadas pelo estado, com 83 dos 92 municípios apresentando saldo positivo no acumulado do ano. Os destaques no período são capital (+64 mil), Macaé (+9,3 mil), Niterói (+6,3 mil), Campos dos Goytacazes (+4,5 mil) e São Gonçalo (+3,7 mil).