A procuradora Maria José informou que o contrato com a BRK tinha 37 inconsistências e mesmo assim foi assinadoDivulgação
A última reunião da CPI, oficialmente denominada Comissão Especial de Investigação (CEI), foi em outubro de 2021. A retomada dos trabalhos estava prevista para 17 de janeiro. “Foi preciso adiar, devido ao avanço da Ômicron, inclusive porque a vereadora Iza Vicente (Rede) e eu tivemos Covid”, justificou o presidente Amaro Luiz (PRTB). Ao longo dos últimos meses, os membros analisaram a documentação recebida.
Maria José informou que o contrato tinha 37 inconsistências. “No entanto, foi assinado. Mas o governo seguinte também poderia tê-lo rescindido”. Entre outros erros citados, ela informou que o documento não foi avaliado por órgãos da prefeitura.
“Eu passei a ter um contato maior com o tema em 2018, após a BRK processar a prefeitura por falta de pagamento”, continuou. Segundo ela, ainda no governo Aluízio, quando a Parceira Público Privada (PPA) ficou a cargo da Odebrecht, foram feitos aditivos, e um novo está sendo preparado, para diminuir as desvantagens contratuais de Macaé.
Iza perguntou sobre os pagamentos recebidos sem conclusão das obras. “Foi previsto que a concessionária receberia 30% adiantado e outros 70% após a Meta 1”, respondeu Maria José, referindo-se à primeira de sete etapas. O relator Edson Chiquini (PSD) questionou por que a rescisão não pode ser feita atualmente. “Hoje, o município não teria condições de pagar”, esclareceu ela.
Segundo a procuradora, uma situação que já melhorou foi a das multas pelo atraso na conclusão. “Eram irrisórias. Isso não acontece mais e a Secretaria de Obras fiscaliza muito melhor que a extinta Esane (Empresa Pública de Saneamento)”.
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