Magé vai reconstruir imóvel histórico que passa a ser Centro Cultural.Prefeitura de Magé/Divulgação

Por O Dia
Magé - A antiga sede da Fundação Educacional e Cultural de Magé (FECM), localizada na Avenida Rotary, no 1º Distrito da cidade, será reconstruída como resgate de um patrimônio histórico da cidade, nas comemorações pelos 456 anos de fundação da cidade, comemorado nesta quarta-feira, 9 de junho. O pontapé foi dado com as primeiras medições das ruínas feitas pela Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo, que vai elaborar o projeto arquitetônico, mesclando as características rústicas do imóvel com uma funcionalidade moderna. A ideia é que o local seja principalmente um centro cultural público.

“Este é mais um presente que queremos dar aos mageenses como parte das comemorações de aniversário de 456 anos de fundação da nossa cidade. Estamos trabalhando para melhorar a qualidade de vida da nossa população em todas as áreas, e a cultura não poderia ficar de fora. Afinal, sabemos a importância de uma política pública cultural séria, tanto para os trabalhadores da área quanto para o lazer de pessoas de todas as idades”, explicou o prefeito Renato Cozzolino.
A secretária municipal de Educação e Cultura, Sandra Ramaldo, reforçou a importância da cultura para a cidadania das pessoas.

“Vamos oferecer um equipamento público cultural à altura do que o povo mageense precisa e merece. Será um marco na área cultural da cidade e muito bem aproveitado pela população com as atividades que iremos oferecer no novo espaço”, disse a secretária.

O presidente da FECM, Luiz Otavio Rosário Junior, detalhou como será a nova sede do órgão.

“Na casa principal, vamos fazer um centro cultural para exposições, saraus e outras atividades culturais. Do lado de fora, teremos um jardim para as pessoas usarem para ler um livro e as crianças poderem brincar. Enfim, pretendemos que seja um local de lazer para a família mageense”, contou Luiz Otavio informando ainda que o prédio anexo da construção será ampliado para abrigar a parte administrativa da Fundação.

O morador da região, Almir da Motta, de 44 anos, entregou à equipe da Prefeitura uma relíquia, a placa de inauguração da reforma do imóvel, datada de 1977. Na época, funcionava no espaço a Secretaria Municipal de Educação. Almir achou a placa nas ruínas, após o incêndio que deixou apenas as paredes de pé há 18 anos, e a guardava em sua casa para devolver quando o espaço fosse reformado, como acontecerá agora.

“Estou muito feliz porque finalmente o local será reconstruído. Com a notícia que vai ser iniciada a obra de reconstrução, fui em casa, peguei a placa e devolvi ao pessoal da Fundação”, contou o funcionário público que mora há mais de 30 anos na região.

Alegria também para o sogro de Almir, José Carlos Miranda, de 71 anos, que sabe de cor outros serviços públicos que funcionaram no local antes de ser um órgão público da Prefeitura. Ele chegou até a fazer o alistamento militar no imóvel, quando o espaço estava sob a responsabilidade do Exército.

“Acho muito importante restaurar este local porque vai ser uma melhoria muito grande para todos os moradores do bairro”, disse o agente de saúde.

De acordo com a FECM, não tem dados precisos sobre a data de construção do imóvel até mesmo por conta do incêndio em 2003 que destruiu tudo que havia lá dentro. Das cinzas, restaram apenas as paredes da casa principal e da parte anexa, mais ao fundo do terreno. A Fundação acredita que o imóvel tenha mais de 200 anos, pelos materiais usados na construção das paredes e outras características da construção, além das imensas palmeiras em frente ao imóvel.