Estrutura ornamental da Igreja Matriz de Magé é restaurada.Divulgação/Prefeitura De Magé

Por O Dia
Magé - Em meio a comemoração pelos seus 456 anos, celebrado nesta quarta-feira (9), Magé ganhou de presente o resultado de um trabalho de restauração que restabeleceu as cores originais de um retábulo do século XVIII que faz parte do conjunto arquitetônico da Igreja de Nossa Senhora da Piedade.
“É um trabalho que muito nos orgulha e que resgata uma parte importante da História de Magé, uma das cidades mais antigas do Estado do Rio. Nos próximos meses, esse resgate vai ser mais profundo, já que a Prefeitura e a sociedade civil vão dialogar constantemente sobre a preservação do patrimônio histórico no recém-criado conselho municipal que tem essa finalidade”, garantiu o prefeito Renato Cozzolino.
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O retábulo levou dois anos para ficar pronto e foi levado para ser restaurado em Barbacena, Minas Gerais. “A restauração é minuciosa, exige muito cuidado. As peças são desmontadas, colocadas em caminhões e levadas para Minas. Lá, os restauradores usam bisturis para retirar as diversas capas de tinta até chegar no original”, explicou o diretor da Fundação Educacional e Cultural de Magé, Luiz Otavio Rosario Junior. Esse trabalho teve origem em um Termo de Parceria entre a Prefeitura de Magé e a Diocese de Petrópolis, responsável pela paróquia da cidade.
O secretário Municipal de Governo, Vinícius Cozzolino, reuniu-se, em maio, com o pároco de Magé, padre Leonardo Tassinari Resende, para garantir a manutenção deste termo. De acordo com o documento, a Prefeitura permanece custeando a revitalização de um altar-mor, de quatro retábulos laterais e de seis tribunas. “Estamos de portas abertas para a Igreja Católica quando o assunto é recuperar e guardar o patrimônio histórico, artístico e cultural. E, quando se fala em História, Magé é representativa”, comentou Vinícius.
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O padre Leonardo contou que, quando chegou na paróquia, há cerca de três anos, ficou triste ao ver o abandono da Igreja Matriz. “Estava muito mal conservada. O telhado estava prestes a cair”, revelou. O prédio foi tombado, em 1989, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural, o Inepac, responsável por dar autorização para as obras. “Essa igreja histórica tem um significado muito forte para a população de Magé. A cidade surgiu ao redor dela. Por isso, temos que ter um cuidado grande com as imagens e peças”, declarou o pároco.
Mesmo com atividades reduzidas por conta da pandemia e com grande parte das missas acontecendo em um galpão ao lado, alguns fiéis fazem questão de entrar no prédio secular para um momento de fé. É o caso do historiador Jeferson Ferreira, 32, que conhece bem a história das igrejas da cidade. “Fui batizado aqui e sei da importância desse templo para Magé. Saber que ele está sendo restaurado e bem cuidado me conforta muito”, afirmou. De estilo barroco, a Igreja Matriz começou a ser construída em 1747, segundo informações da paróquia. A primeira missa foi realizada, no local, em 1750.
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Mesmo com atividades reduzidas por conta da pandemia, alguns fiéis fazem questão de entrar no prédio secular para um momento de fé.  - Reprodução.
Mesmo com atividades reduzidas por conta da pandemia, alguns fiéis fazem questão de entrar no prédio secular para um momento de fé. Reprodução.