Hospital da Mãe em Mesquita, na Baixada Fluminense Marcelo Horn

Pela segunda vez, o Dia Mesquita é procurado com relatos sobre o problema que os antigos funcionários do Hospital da Mãe estão passando. Neste mês, a gestão da unidade sofreu alteração, e os antigos funcionários, que foram demitidos e receberam aviso prévio no mês passado, estão sem receber o salário de julho.
”Somos mais de 500 funcionários que foram demitidos pelo Instituto Gnosis. Estamos sem receber o salário do mês de julho e sem posicionamento sobre pagamento de indenização, incluindo férias vencidas”, relatou o funcionário que preferiu não se identificar.
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O grupo alega já ter entrado em contato com o Instituto, mas são informados que a antiga gestão ainda não recebeu o repasse do Estado, o que é provado o contrário no portal da transparência, que já consta o repasse.
“No fim temos pais e mães de família sem posição de quando vão receber e se vão receber. Já temos colegas passando dificuldades até para alimentação diária. A nova gestão assumiu e não fez qualquer comunicado. Estamos perdidos”, disse outra funcionária.
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O que diz o Instituto Gnosis:
A organização informou que desde o dia 6 de agosto de 2021, a administração do Hospital da Mãe de Mesquita passou a ser de responsabilidade da Fundação Saúde. Na ocasião, os colaboradores que trabalhavam na unidade também ficaram sob a gestão do órgão.

Em posicionamento enviado ao Dia, o Instituto ressalta que desde 2019, a OSS sinalizava à Secretaria do Estado de Saúde (SES) que o contrato estava deficitário, implicando no comprometimento do pagamento de alguns compromissos. "Sendo assim, sem o equilíbrio contratual, a OSS não tem como arcar com o pagamento salarial referente ao mês de julho, bem como as verbas rescisórias dos colaboradores do Hospital da Mãe", trecho da nota recebida.

Ainda segundo a nota do Gnosis, para tentar chegar a uma solução para o problema, o Instituto solicitou ao Ministério Público do Trabalho uma audiência de conciliação junto aos sindicatos das categorias, prevista para acontecer essa semana.

"A OSS espera, junto com as entidades representativas trabalhistas e a SES, encontrar uma solução para honrar os compromissos com os colaboradores do Hospital da Mãe até a data na qual era responsável pela gestão da unidade. Cabe ainda ressaltar que a decisão de demitir os funcionários e anunciar um concurso para contratação de funcionários para o Hospital da Mãe deve-se a Fundação Saúde, uma vez que os colaboradores da unidade foram cedidos para a mesma por ocasião do término do contrato com a SES".
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Não é de hoje que profissionais e moradores reclamam da Saúde em Mesquita. Nas UPAs, por exemplo, a administração e serviços prestados são motivos de revolta pelos mesquitenses. Continuaremos de olho neste caso e em reclamações futuras.