Escola Municipal de Artes da Chatuba completa três anosDANILO RIBEIRO
“Essa área tem um índice de vulnerabilidade muito grande e uma baixa autoestima. Então, estar com uma escola aberta há três anos aqui é uma grande vitória. O que, antes, era um local que comportava lixo, conhecido como ‘Muro da Vergonha’, se transformou em um espaço que gera oportunidades e ajuda a mudar a vida das pessoas”, aponta o subsecretário municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo de Mesquita, Kleber Rodrigues. Ele também revela que há planos de reformas para a estrutura da escola, a fim de comportar mais alunos e proporcionar um ambiente ainda mais profissional.
No local, a plateia ainda conferiu as demonstrações de capoeira e boxe, seguidas do jiu-jítsu. As palmas sincronizadas também se estenderam às apresentações de break dance e das danças urbanas. Para finalizar, foi a vez dos munícipes que participaram das oficinas circenses mostrarem o que aprenderam nas aulas.
Entre os integrantes da turma de circo social, estava o mesquitense mirim Ezequiel Henrique, de apenas 11 anos. Agarrado ao monociclo, ele diz que está sob a lona desde sua inauguração, três anos atrás. “Participo de muitas apresentações. Quando abriu aqui, meu amigo me chamou de manhã, bem cedo. Aí, vim e comecei a fazer as aulas. Hoje, também faço capoeira e xadrez”, conta. Enquanto isso, Jaqueline Domingos apoia o neto no caminho. “Ele gosta muito e eu também. Sempre incentivo ele a participar, porque é importante”, declara.
A coordenação pedagógica das atividades circenses - tanto as sociais quanto de alto rendimento - está a cargo do artista Vinícius Daumas. “É grandioso e desafiador. Sou de circo há mais de 30 anos. Certa vez, fui participar de um projeto como recreador. Mas, nesse dia, um palhaço faltou. O diretor, então, me chamou para substituir ele. Daí, nunca mais saí do circo. Depois, é claro, fui me capacitar e fazer cursos”, expõe.
Escola Municipal de Artes da Chatuba
O equipamento busca ressignificar a história do bairro da Chatuba e dos moradores, dando a eles novas perspectivas de vida. Lá, são oferecidas oficinas gratuitas de grafite, desenho, xadrez, danças urbanas, capoeira, judô, jiu-jítsu, muay thai e boxe, além das atividades circenses. Outro destaque é o Programa de Formação de Artistas Circenses, que já está em sua segunda turma.
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