Exposição será aberta ao público, no dia 8 de abril, na Sala de Cultura Leila Diniz, no Centro de Niterói.Divulgação Alex

Neste mês das mulheres, o Entreartes – Coletivo de Arte dá os últimos retoques na montagem de uma exposição que homenageará a pintora modernista Tarsila do Amaral. "Alma Tarsila" será aberta ao público, no dia 8 de abril, na Sala de Cultura Leila Diniz, no Centro de Niterói. Foram reunidos trabalhos de Maria Lucia Maluf, Renata Barreto, Lucia Lyra, Fátima Dantas, Bia Torres e Mario Reis, inspirados no modernismo e no centenário da Semana de Arte Moderna. A entrada é grátis.
“É um encontro entre os artistas convidados e a obra de Tarsila, não pelo viés da cópia ou da releitura, mas sim pelas tangências entre a produção do grupo e os modernistas. Teremos uma exposição que homenageia o centenário da Semana de 22 e o movimento moderno como um todo”, conta a curadora da coletiva, Ana Schieck.
“Alma Tarsila” é a 13ª edição do Entreartes, coletivo criado pela produtora Cacau Dias e que vem divulgando artistas da cidade há quatro anos com exposições em espaços culturais de Niterói. “Dessa vez, temos a feliz coincidência de homenagear Tarsila na sala que lembra a atriz niteroiense Leila Diniz. São dois belos exemplos da potência da mulher brasileira”, diz.
Cacau Dias também ressalta a presença feminina no time escalado para a coletiva. A gravadora e pintora Maria Lucia Maluf vive em Niterói desde 1955, onde frequentou a Oficina de Gravura do Ingá, e traz para a mostra uma série de cataventos em telas. Já a arquiteta Renata Barreto projeta as cores através de maxibordados em suportes criativos. Formada em artes, moda e educação, Lucia Lyra vai expor a geometrização da natureza. Psicóloga de formação, Fátima Dantas desvenda a “Alma Tarsila” com pinturas abstratas. Bia Torres, por sua vez, foca nas cores da terra, mostrando a força de um Brasil solar. Representante dos homens, Mario Reis completa o time com composições que unem elementos abstratos à paisagem.
“Tarsila é inspiradora e merece todas as nossas homenagens. Ela buscava representar as coisas da nossa terra, suas formas e sua alma, valorizando através da pintura as paisagens do interior, as cores caipiras e o povo trabalhador, no campo e nas cidades. Ela representa até hoje o que produzimos de mais significativo, dentro do espírito moderno brasileiro”, afirma Ana Schieck.
“Alma Tarsila” poderá ser vista de segunda a sexta-feira, até 9 de junho, das 8h às 17h, na Rua Heitor Carrilho, 81, próximo à Rodoviária.