A crise econômica do grupo, que compreende as viações Ingá, Rosana e Peixoto, foi debatida durante a assembleia.Divulgação
“O problema é que os atrasos são recorrentes e estavam caminhando para acumular a cada mês. Por isso, os trabalhadores decidiram adotar essa medida, deixando claro que seus direitos têm que ser respeitados”, afirma o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), Rubens dos Santos Oliveira.
O Sintronac enviará oficialmente a decisão da assembleia ainda esta semana para o grupo de empresas, ao sindicato patronal (Setrerj), à Justiça do Trabalho, ao Ministério Público do Trabalho (MPT), às autoridades de Segurança Pública e à Prefeitura de Niterói, além de emitir um comunicado à população, de acordo com a Lei de Greve (Lei nº 7.783/89).
A crise econômica do grupo, que compreende as viações Ingá, Rosana e Peixoto, foi debatida durante a assembleia, realizada em dois turnos na sede administrativa do Sintronac, em Niterói. Os executivos das três empresas reclamam da queda acentuada no número de passageiros durante a pandemia, da escalada de preços do óleo diesel e de um atraso de nove meses no repasse da gratuidade de passagens, por parte da Prefeitura de Niterói, que acumulou uma dívida de R$ 1,28 milhão com as companhias da marca Ingá.
“No entanto, não são os rodoviários que têm que pagar essa conta, pois eles já deram sua cota de sacrifício durante a pandemia. Foram quase 500 demissões no grupo Ingá desde 2020”, revela Rubens Oliveira.
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