Exposição Terra Fraturada abordará mudanças climáticas no MAC
Com o apoio das Secretarias do Clima e Culturas e da FAN, serão mais de 60 fotos em preto e branco da fotógrafa Renate Graf que chega pelas mãos do curador francês Nicolas Martin Ferreira
O evento apresentará a Exposição Terra Fraturada, da fotógrafa Renate Graf. - Divulgação PMN
O evento apresentará a Exposição Terra Fraturada, da fotógrafa Renate Graf.Divulgação PMN
Depois de percorrer os Estados Unidos e diversos países da Europa sempre com um olhar diferenciado e contemporâneo sobre o mundo, mostrando artistas que revelam essa perspectiva do planeta – muitas vezes em preto e branco, o curador francês Nicolas Martin Ferreira chega a Niterói com uma proposta que vai ao encontro das ideias sobre sustentabilidade implementadas na cidade. Numa mostra que fica em cartaz de sábado (3/9) até o final de novembro ele apresentará a Exposição Terra Fraturada, da fotógrafa Renate Graf.
Com o apoio das Secretarias das Culturas e do Clima e da Fundação de Artes de Niterói (FAN), a exposição mostrará cerca de 60 fotos em preto e branco, tiradas durante as viagens da fotógrafa em torno do mundo e a sua mais recente exploração no Brasil.
“Ter uma exposição internacional sobre as mudanças climáticas na nossa cidade, mostra não só a importância do tema em nível mundial, como também a relevância que precisa ser realizada em caráter local. A artista traz um olhar de urgência, com uma sensibilidade artística, das principais consequências nos territórios urbanos e planetários. A Secretaria do Clima junto com a Educação vai também realizar ao longo do período da exposição, o acompanhamento pedagógico de escolas do município, para assim gerar um processo de formação continuada das nossas crianças”, explica Luciano Paez, secretário do Clima.
De acordo com Fernando Brandão, presidente da FAN, as expressões artísticas têm forte relevância nas discussões sobre o ambiente, e são grandes aliadas na propagação do tema.
“A cultura é um instrumento transformador que possibilita a relação de determinada localidade com o mundo. É um instrumento que conecta os povos e as necessidades reais do planeta. Essa exposição é muito importante para levar as pessoas a perceberem o quanto uma atitude nossa é, de fato, capaz de mudar nosso entorno, de nos fazer enxergar a possibilidade de um mundo realmente mais sustentável”, declara Brandão.
A artista apresenta uma série de fotografias num contexto artístico excepcional, mas também dramático. Na mostra, Renate Graf apresenta quinze fotografias do Rio de Janeiro: Niterói, Corcovado, a vista aérea do MAC e também algumas fotos tocantes da sua experiência na Amazônia, onde conheceu uma família de indígenas, os "Ribeirinhos".
A encenação da exposição está estruturada em cinco painéis. Cada um destes conjuntos apresenta de 6 a 12 fotografias no mesmo formato e moldura.
Um primeiro painel revela o degelo na Sibéria, o segundo aborda a mesma temática no Alasca, o terceiro questiona-se sobre o problema da seca no mundo com o exemplo da Anatólia. O quarto conjunto destaca o problema da reciclagem e aterros sanitários no Brasil; 4º produtor de plástico do mundo e seu sistema de reciclagem não é muito eficiente com aterros a céu aberto. O quinto e último capítulo lança luz sobre as favelas com sua densidade humana particular e o emaranhado mágico e caótico de suas moradias.
A mensagem da artista concentra-se nos grandes problemas de reciclagem e consumo excessivo desnecessário, que são particularmente exacerbados na América do Sul. A exposição continua em torno da Baía de Guanabara, onde as fotos são colocadas em perspectiva. "Carrego dentro de mim todos os sonhos do mundo e um desses sonhos é viajar por esse mundo e reescrevê-lo com as minhas imagens", afirma Graf.
Ativista comprometida com a ecologia e o meio ambiente em todo o mundo, a fotógrafa, sensível à natureza e à sua preservação, mostra-nos através das suas lentes o poder dessas crises ambientais atuais. A última exposição de Renate Graf aconteceu de janeiro a março de 2022, no Cer Modern, em Ancara, na Turquia.
O período expositivo é de 03 de setembro a 6 de novembro e a visitação será de terça a domingo, das 10h às 18h no Salão Principal e varanda do MAC que fica localizado no Mirante da Boa Viagem, s/nº, Boa Viagem, Niterói.
Ingresso: R$ 12 (inteira) | R$ 6 (meia-entrada) - Têm direito à meia-entrada idosos a partir de 60 anos, jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos inscritos no CadÚnico, estudantes de escolas particulares, universitários e professores. É exigida a comprovação do direito ao benefício na bilheteria do museu.
Haverá entrada gratuita para estudantes da rede pública (ensino médio), crianças de até 7 anos, portadores de necessidades especiais, moradores ou nascidos em Niterói (com apresentação do comprovante de residência) e visitantes de bicicleta. Na quarta-feira, a entrada é gratuita para todos.
A venda é pelo site da Sympla ou na bilheteria do Museu. A entrada ao Museu deve ser feita até as 17h30min.
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