A criação do conjunto de flauta doce da Orquestra da Grota surgiu a partir do interesse de alguns alunos que desejaram se aprofundar no estudo do instrumento.Divulgação

Os alunos mais adiantados do conjunto de flautas doce do Espaço Cultural da Grota vão se apresentar no show: “O Som Doce da Flauta Doce”, na próxima quarta-feira (23), às 19h, no Salão Amarelo do Solar do Jambeiro, localizado no Ingá, Zona Sul de Niterói. Com repertório inspirado nos períodos renascentista e barroco, os músico prometem animar a plateia com incursões na música contemporânea e brasileira.

Formado em 2019 a partir do interesse de alguns alunos que desejaram se aprofundar no estudo do instrumento, o conjunto tem se apresentado em diversos locais de Niterói e em diversas outras cidades do estado.

O conjunto é formado por sete flautistas: Camilli Dias, Carlos Rodrigues, Daniella Anatalício, Fernando Brasil, Lenora Mendes, Maria Luisa Silva e Michelle Pinheiro. A apresentação é gratuita.
Orquestra chama a atenção para o mês da Consciência Negra
A Orquestra da Grota apresentou, no Mês da Consciência Negra, o espetáculo “Ancestralidade”, que levou ao palco do Theatro Municipal de Niterói, na noite da ultima quinta-feira (17/11), uma das principais heranças deixadas pelos povos africanos: a musicalidade.
Em forma de manifesto cultural, o grupo de músicos formados pelo Espaço Cultural da Grota apresentou um programa formado por composições brasileiras e africanas, com letras que levam o público a refletir sobre a superação e o orgulho de sua ancestralidade, lembrando daqueles que participaram da construção do Brasil com luta, sangue e trabalho.
Além do programa musical, o espetáculo contou com vídeos curtos e com participações de especialistas em temas importantes como desigualdade racial e sistema penitenciário. Também participam o grupo vocal Negros e Vozes e a sambista Mara Nascimento, entre outros artistas.
O espetáculo foi idealizado e é produzido pela violoncelista e coordenadora pedagógica da Grota Raquel Terra, ex-aluna do projeto e graduada em Licenciatura Musical.
“A ideia de produzir esse espetáculo vem da necessidade de refletirmos sobre esse tema e de debatermos, de fato, o que é consciência negra, entendendo que o nosso lugar é onde a gente quiser estar, e não apenas dentro de nossas bolhas. Precisamos detectar as várias formas de racismo, inclusive as mais sutis, que, muitas vezes, fazem as pessoas sequer perceberem que estão sendo vítimas de um ato racista. Quero que meus alunos de comunidade carentes vejam que uma negra, como eu, pode entrar e se apresentar no palco do Theatro Municipal. E também desejo que as pessoas, de uma forma geral, saiam do espetáculo refletindo sobre essa temática”, afirmou Raquel Terra.