Rio - O laudo entregue à familia da menina Gabriely Batista da Silva, 2 anos, encontrada morta nesta quarta-feira em Rio das Ostras, na Região dos Lagos, levanta a hipótese de que a menina possa ter sofrido abuso sexual antes de ser assassinada. No relato médico, há indícios de fissura no reto e perfurações de órgãos.
Segundo o documento, há a suspeita que a morte tenha ocorrido poucas horas após o sequestro, já que o corpo estava em estado avançado de decomposição. A causa da morte de Gabriely, segundo os peritos, foi hemorragia interna. A criança será enterrada às 11h desta quinta-feira no Cemitério do Âncora.
Pais não tinham inimigos, diz família
A família de Gabriely afirmou que os pais da criança não tinham inimigos. A tia da vítima, Valdirene da Silva, 32 anos, disse não saber o que teria motivado o crime. "Não desconfiamos de ninguém até o momento, já que os pais da Gaby não tinham inimigos. A polícia não nos contou a linha de investigação. Ela era uma menina linda e calma. Os pais estão em choque e à base de medicamentos. A Gaby era tão apegada à mãe quem, quando eu a levava para dormir lá em casa, ela caía no choro", contou.
A mãe, Simone Alves da Silva, se mostrou bastante abalada. "A Gaby era linda. Ela estava com a mesma roupinha de quando foi levada", disse a mãe, entre soluços.
Agentes da 128ª DP (Rio das Ostras) já fizeram uma perícia na casa onde a menina foi encontrada, na Rua dos Trevos. O imóvel estava abandonado para obras e um pedreiro encontrou o cadáver no local, que fica a poucos metros de onde a família mora, próximo à Praia do Âncora.
Gabriely sumiu na madrugada de sexta para sábado. A mãe da menina a viu pela última vez às 3h da manhã, quando foi amamentar a filha mais nova. Os parentes acreditam que quem quer tenha raptado a criança entrou pelo basculante da cozinha. Simone deu falta dde Gabriely pela manhã, quando foi acordá-la.
