Por cadu.bruno

Rio - A Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), em operação realizada nesta quarta-feira, com a Prefeitura de Niterói, retirou cerca de 100 toneladas de lixo da antiga aldeia indígena dos guaranis que havia sido instalada entre a Lagoa de Piratininga e a Praia de Camboinhas, dentro dos limites do Parque Estadual da Serra da Tiririca.

Indígenas ocuparam a área por sete anos, e acabaram transferidos há menos de um mês para uma área de 93 mil hectares no distrito de São José do Imbassaí, no município de Maricá. Com a saída da tribo, muito lixo se acumulou no local, que se transformou em espaço de despejo irregular de entulhos.

O serviço de limpeza ambiental da área contou com duas retroescavadeiras, três caminhões da SEA e dois da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin). A operação teve apoio de agentes da Polícia Militar Ambiental e de guarda-parques do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

A ocupação do terreno de 30 mil m2 pela tribo guarani gerou conflitos constantes. A Sociedade Pró-Preservação Urbanística e Ecológica de Camboinhas (Soprecam) era contra a permanência dos indígenas. Já a Pilobolos Empreendimentos – construtora que se dizia dona da área – não apresentou qualquer documento que provasse esta posse. A construtora foi notificada e tem até a sexta-feira 12 de julho para apresentar os documentos cabíveis.

O coordenador da Cicca, coronel José Maurício Padrone, afirmou que a faxina ambiental desta quarta teve como objetivo acabar com “toda essa novela” e ajudar na preservação da restinga da Praia de Camboinhas, área de extrema importância para a reprodução de espécies de peixes.

“A ação de hoje visa a dar um desfecho ao caso, já que os índios guaranis saíram de forma pacífica e consensual. O Governo do Estado e a Prefeitura de Niterói estão juntos nesta operação para deixar a área limpa e permitir que a vegetação de restinga volte a se regenerar naturalmente”, concluiu Padrone.

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