Por O Dia

Rio - Mais de uma tonelada de maconha foi apreendida por agentes da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal, na noite desta terça-feira, em um posto de combustíveis na Rodovia Presidente Dutra, em Resende, no Sul Fluminense. A droga foi encontrada no fundo falso de uma carreta frigorífera. A carga está avaliada em cerca de R$ 1,3 milhão. O motorista do veículo, de 20 anos, foi preso em flagrante.

As investigações começaram com uma denúncia recebida pela DRE da PF, na manhã desta terça-feira. A informação dava conta de que uma grande quantidade de maconha estaria sendo transportada para o Rio. Segundo o dado, a droga estaria escondida em uma carreta, na cidade de Resende. O veículo vinha de um estado da fronteira brasileira. À tarde, equipes da especializada chegaram ao município e iniciaram as buscas.

À noite, após horas de sondagens, os agentes desconfiaram de uma carreta frigorífica parada no posto de combustíveis, às margens da pista sentido Rio da Via Dutra. Não havia carga, mas o frigorífero estava ligado. O motorista disse aos policiais que tinha feito uma entrega em São Paulo. Eles suspeitaram da versão e decidiram levar o caminhão para a sede da PF, na Praça Mauá. Lá, os policiais conseguiram desmontar o fundo falso do veículo.

No espaço de cerca de 50 centímetros de largura por dois metros de altura da carreta frigorífera os policiais encontraram 1,228 tonelada de maconha. A droga estava acondicionada em 1.294 tabletes de maconha prensada. Segundo levantamento preliminar dos agentes, o preço de cada barra com a droga no Rio varia de R$ 800 a R$ 1.200 - média de R$ 1 mil - dependendo da região. O prejuízo dos traficantes seria de cerca de R$ 1,3 milhão.

O motorista se reservou o direito de só prestar esclarecimentos em juízo. Ele não tem antecedentes criminais. Maico será levado para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, na manhã desta quarta-feira, e depois encaminhado para o Presídio Ari Franco, em Água Santa, na Zona Norte.

A PF vai investigar a procedência do carregamento, a rota pelo motorista até Resende e o destino do entorpecente. A suspeita é que a maconha seria entregue no Rio e abasteceria as bocas-de-fumo de morros e favelas da cidade.

PF prendeu traficante espanhol há 20 dias

Na manhã do dia 27 de junho, os agentes da DRE da PF do Rio já haviam prendido em um triplex de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, o traficante espanhol Oliver de Zanate Martin, de 35 anos. Segundo as investigações que deflagaram a Operação Monte perdido, ele atuava na América do Sul, Oceania e Europa.

Segundo a PF foram apreendidos R$ 20 milhões em bens imóveis do traficante, entre eles dois carros, sendo uma Ferrari, avaliada em R$ 1 milhão. Ele seria dono de boates e uma academia no Rio. Oliver é casado com uma brasileira e não traficava drogas no país, de acordo com a polícia.

"Começamos a investigação a partir da evolução patrimonial dele, que não se explica senão pelo tráfico de drogas", disse na ocasião o delegado Paulo Teles, da PF. No triplex onde morava os agentes apreenderam R$ 175 mil, U$ 150 mil dólares e €$ 110 mil euros, além de uma Ferrari.

Segundo a polícia, as investigações começaram após a interceptação de um veleiro carregado com 300 quilos de cocaína na Austrália, em 2011. A quadrilha usava a embarcação para transportar a droga.

Em um condomínio de luxo na Estrada do Joá, na Zona Sul, os agentes da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE) da PF cumpriram um mandado de busca e apreensão num imóvel adquirido há pouco mais de um mês pelo traficante. O casarão de três andares estava em obras e tem vista panorâmica para a Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Além de quatro quartos - que estavam sendo transformados em suítes - a mansão tinha lavatório, saunas seca e a vapor, piscina, deck, bar e churrasqueira, e até elevador.

Os policiais apreenderam na mansão uma escritura, celular, computador e um recibo em nome de Oliver de cerca de R$ 4 milhões. A polícia suspeita que o valor seria referente ao valor da compra da casa. Os dois andares inferiores estavam em obra. No salão todo em madeira nobre no primeiro andar, apenas um sofá, uma cama e uma espreguiçadeira, além de um escritório.

Além da Receita Federal, as investigações contaram com colaboração das polícias de Portugal e da Austrália, além do DEA – Drug Enforcemente Administration, o Departamento Anti-Drogas da polícia americana. No Brasil, ele é acusado de lavagem de dinheiro. A pena é de três a 10 anos, caso não haja agravantes.

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