Rio - No segundo dia da operação Lixo Zero, no Centro, 50 pessoas foram multadas por jogar lixo no chão, número de autuações 58% menor do que o de terça-feira, quando 121 pessoas foram flagradas sujando a cidade. Em uma caminhada pelas ruas do local, a equipe do DIA constatou que as calçadas encontravam-se, de fato, mais limpas e muitas pessoas caminhavam com papéis na mão até encontrar as lixeiras.
A Avenida Rio Branco foi um dos pontos em que os fiscais tiveram maior trabalho. Guimbas de cigarro e embalagens de alimentos foram os principais resíduos lançados ao chão que resultaram em multas. Os valores variam de R$ 157 a R$ 3 mil para quem sujar a cidade. A medida parece ter chegado para ficar. “Se a fiscalização tivesse sido aplicada antes, o povo não teria este mau hábito”, disse a aposentada Elza Silva, de 76 anos.
Apesar da aparente mudança no comportamento por conta da fiscalização, o rigor no monitoramento pode estar com os dias contados: ontem, muitas equipes (que devem ser formadas por um agente da Comlurb, um guarda municipal e um policial militar) já se encontravam desfalcadas.
"Alguns PMs foram deslocados para a manifestação em frente à Câmara mas, em casos de necessidade, contamos com a ajuda dos colegas que estiverem mais próximos”, revelou a agente da Comlurb, Alexsander Pinheiro, que fazia ronda nos arredores da Cinelândia. A advogada Letícia Ribeiro, que trabalha na Avenida Rio Branco, aprovou a medida. “Tomara que aqueles que não têm cidadania, passem a temer as multas”, disse.
