Rio - O presidente da CPI dos Ônibus da Câmara dos Vereadores que investiga o transporte público de passageiros no Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão (PMDB), anunciou que na audiência pública de amanhã serão discutidos indícios de formação de cartel por consórcios de ônibus.
O relator da CPI, Professor Uóston (PMDB), adiantou que serão pedidas ao procurador-geral do município, Fernando Dionísio, a um representante da Rio Ônibus e a outro do consórcio Santa Cruz explicações sobre o fato de mais de uma empresa terem o mesmo endereço e os mesmos donos. “A reunião será mais eficiente do que a primeira, que conduzi de forma equivocada. As perguntas serão individualizadas e terão direito a réplica”, disse.

O vereador Eliomar Coelho (Psol), autor do requerimento que criou a comissão e que pediu renúncia do grupo após ela ser composta por maioria governista, afirmou que continuará a investigação sobre os contratos das empresas de ônibus e, quando concluir, apresentará um relatório paralelo ao da CPI. “Vou comprovar que houve formação de cartel entre as empresas e chamar movimentos sociais para discutir políticas de transportes que de fato sejam voltadas para o bem comum”, afirmou Eliomar.
Nesta quarta, o vereador Reimont (PT) decidirá com membros do partido se fica ou não com a vaga de Eliomar. “No meu entender, não podemos participar dessa CPI porque a constituição dos membros foi inconstitucional, mas, se o partido entender que devemos, vamos assumir”.
Ontem, não houve sessão na Câmara por falta de vereadores em número suficiente.