Por tiago.frederico
Matheus Vieira Pitta tinha 14 anosAlexandre Vieira / Agência O Dia

Rio - Cerca de 80 pessoas compareceram ao enterro de Matheus Vieira Pita, de 14 anos, no fim da tarde deste sábado, no cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. Muito abalado, o pai do jovem passou mal teve que ser amparado pelos amigos e familiares. Ronald de Oliveira, 18, amigo do Metheus há seis anos, disse que o que ele mais sentirá falta é da alegria de Matheus."Ele era uma pessoa extremamente feliz, garoto muito tranquilo, amigo de todos", disse o rapaz.

Um vizinho do menino Matheus, que morreu atingido na cabeça por um tiro, na madrugada deste sábado, na Pavuna, afirmou que o disparo foi feito por bandidos do Morro da Pedreira, que estavam numa moto.

De acordo com a testemunha, que não quis se identificar, criminosos da Pedreira souberam de um assalto a duas lanchonetes na Rua Afonso Terra e foram procurar os suspeitos, que seriam do Chapadão e estariam num Celta.

Quando passavam pela Rua Doutor José Thomás, ao verem o Celta onde estava Matheus, os bandidos teriam mandado a motorista parar. A condutora, que era prima do menor, ficou nervosa e deu partida com o veículo.

Os criminosos atiraram diversas vezes e um dos tiros acertou Matheus, que sentava no banco de trás. Na delegacia, foi possível ver as marcas de quatro balas na lataria do Celta vermelho.

O adolescente estava voltando de uma festa infantil na Penha com a família. A tia estava no carona e o irmão mais novo de Matheus, de 10 anos anos, também se encontrava no banco de trás.

Ao verem o resultado da ação desastrada, os acusados teriam pedido desculpas à família. Matheus chegou a ser socorrido pelo pai para a UPA de Costa Barros, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo familiares, o sonho do adolescente, que estava na sexta série, era ser jogador do Fluminense. Neste sábado, ele faria sua estreia no time do bairro.

O caso foi registrado na 39ª DP (Pavuna) e depois passado para a Divisão de Homicídios (DH). O corpo será enterrado no fim da tarde deste sábado, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte.

Assalto em lanchonete terminou em tiroteio e uma das balas atingiu Matheus na PavunaOsvaldo Praddo / Agência O Dia


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