Rio - Uma estudante da Universidade Federal Fluminense (UFF) foi estuprada ao sair de uma aula no campus Gragoatá, em Niterói. A aluna de Serviço Social foi abordada às 20h30 do último dia 13, perto da sede da concessionária de energia elétrica da cidade. Ela foi dopada, colocada dentro de uma kombi e acordou no dia seguinte na Praia de Charitas. O caminho onde a estudante foi abordada pelos criminosos é um estacionamento cercado por matagal e mal iluminado.
O estupro foi confirmado por exame de corpo de delito, e o caso está sendo acompanhado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Niterói. Segundo a delegada Gisele Rosemberg, as investigações estão avançadas, mas correm sob sigilo. A vítima ainda não voltou a frequentar as aulas.
Essa não é a primeira vez em que estudantes da UFF são vítimas de violência sexual após as aulas. Em março deste ano, uma aluna do curso de Economia foi atacada quando entrava em seu carro. Os suspeitos foram presos em agosto.
Ana Paula Muriel, diretora do curso de Serviço Social, acredita que falta segurança aos alunos. “A Universidade está muito integrada a Niterói, os alunos se deslocam muito entre os campi. Esses caminhos sempre têm pouca iluminação e policiamento. Faltam ações de infraestrutura”, afirma a diretora.
Ana Paula disse também que as alunas estão sendo orientadas a não andar sozinhas. As amigas Julia de Oliveira e Tamires França, do curso de Serviço Social, seguem a recomendação. “Até os professores pedem a companhia de alunos para não caminhar sozinhos pelo campus”, indica Julia.
O número de estupros na região aumentou. As cidades cobertas pelo 7º Batalhão, como São Gonçalo e Niterói, registraram 293 casos entre janeiro e julho de 2012, segundo o Instituto de Segurança Pública, Insp. Neste ano, no mesmo período, já ocorreram 320. Em nota, a PM disse que o estupro “é um tipo de crime que pode ocorrer fora da rua, e a PM tem o policiamento ostensivo como principal atribuição”.