Por thiago.antunes
Demora em atendimento de vítima causou revolta entre pedestres em NiteróiLeitora Nina Mager

Rio - O Corpo de Bombeiros informou, na noite desta terça-feira, que vai investigar se houve negligência no atendimento ao vendedor ambulante José Carlos, conhecido como Maradona, que se acidentou no começo da tarde na Avenida Rio Branco, Centro de Niterói. A empresária Nina Meger, que acompanhou o atendimento, informou que José Carlos morreu antes de dar entrada no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca. "Liguei para a unidade e me passaram para a assistente social, que me perguntou se era parente dele. Disse que acompanhei o caso e me deram a informação", relatou. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, apesar da Secretaria Estadual de Saúde não confirmar a informação.

A demora no atendimento a Maradona provocou revolta em quem tentava de alguma forma ajudar. De acordo com pessoas que estavam no local, as ligações para a Central de Atendimento do Corpo de Bombeiros, o 193, começaram a ser feitas antes mesmo das 14h. No entanto, a ambulância só chegou ao local 41 minutos depois. O batalhão do CBMRJ está a menos de 1,5 km de distância do local. Segundo testemunhas, o vendedor teve um problema na perna na Avenida Rio Branco, em frente à Leader, e começou a perder muito sangue. 

"Eu mesma liguei às 14h17 e eles ainda ficaram debochando da minha cara. Desligaram na cara, perguntavam o nome. Mas várias pessoas já tinham falado. O próprio médico do carro informou que recebeu o chamado cinco minutos antes de chegar. Agora eu pergunto: estamos sem ambulância para uma população de mais de 500 mil ou eles se recusaram a dar atendimento a quem não tem dinheiro? "Isso é um absurdo. Falta de compaixão com o próximo", completou Meger
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De acordo com a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, a central recebeu o primeiro chamado às 14h20 e a ambulância chegou ao local às 14h35. 
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