Por thiago.antunes
Rio - Dizem que o amor de uma mãe por seu filho pode superar qualquer coisa. Enfrentar o preconceito é a missão do Mães pela Igualdade, movimento nacional de mães de homossexuais que milita pelo fim da violência e da homofobia. Criado em 2011, o grupo foi um dos homenageados do segundo prêmio Rio Sem Preconceito, iniciativa da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da prefeitura.
Kelly Bandeira é mãe de Pedro Henrique, de 22 anos. Ela foi uma das escolhidas para receber a homenagem, e lembrou do dia em que o filho afirmou ser homossexual. “Minha reação foi péssima, preconceituosa. Tive medo de como a sociedade ia encarar. Tive a sensação de que deixei passar algo na criação dele”.
Kelly%2C uma das homenageadas%2C superou o preconceito de ter filho gayAndré Mourão / Agência O Dia

As reuniões do grupo mudaram a vida de Kelly. Após meses de briga e incompreensão com o filho, combinados com o medo de que ele sofresse violência, Kelly percebeu que não estava no caminho certo. “Meu filho é formado, tem família, trabalha, como todo mundo. E tem o direito de viver uma vida digna”, afirma a mãe ativista. 

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O homossexualismo é um assunto tabu em muitas famílias. A falta de diálogo pode se tornar um agravante na violência sofrida pelos homossexuais. Para evitar isso, ela convida as mães a procurar o Mães pela Igualdade nas redes sociais. “Chegou a hora de as mães saírem do armário”, resumiu.