Rio - A maioria dos PMs das Unidades de Polícia Pacificadora não gosta de sua função. A conclusão é de pesquisa do CESeC (Centro de Estudos de Segurança e Cidadania) realizada em 2010 e 2012. Responsável pelo estudo, a socióloga Barbara Musumeci Mourão diz que muitos policiais se sentem diminuídos por estar em UPPs.
O que foi revelado pelo trabalho?
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Na última pesquisa, verificamos que 21% dos policiais entrevistados mostraram, em níveis distintos, rejeição ao projeto das UPPs. Além disso, 60% dos ouvidos afirmaram que prefeririam estar fora das unidades. Mas esta rejeição caiu: na primeira rodada de pesquisas, em 2010, esse percentual era de 70%. É importante ressaltar que as respostas dos PMs também dependem de situações que estejam ocorrendo naquele momento.
Por que essa rejeição?
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Existe um sentimento de quem está na UPP é menos policial. PMs não se consideram reconhecidos e respeitados, relatam casos de hostilidade por parte de moradores e se sentem diminuídos por colegas que estão em batalhões.
O que foi detectado sobre PMs mulheres?
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Elas se sentem observadas em todos os momentos e acham que precisam provar que são policiais. Isso ocorre porque o imaginário popular ainda associa a virilidade com o papel da polícia. Elas têm mais dificuldade de impor sua autoridade com colegas e moradores. Mas, ao mesmo tempo, são mais próximas da população.
