Por cadu.bruno

Rio - O protesto contra o aumento da passagem de ônibus, que terminou em confronto entre ativistas e policiais militares do Batalhão de Choque (BPChq), deixou rastro de destruição na região da Central do Brasil. Técnicos da SuperVia trabalham desde a madrugada desta sexta-feira no reparo de 20 roletas, painéis informativos, lixeiras, placas e portões de acesso da estação.

Técnico trabalha no reparo de roletas na estação Central do BrasilAlessandro Costa / Agência O Dia

A confusão começou justamente neste local, após um grupo quebrar catracas da estação. A PM atirou uma bomba de gás dentro do local, assustando usuários do transporte e provocando correria generalizada. Muitas pessoas foram socorridas por quem passava no local na hora da confusão. Por mais de duas horas, milhares de pessoas não pagaram passagem.

A Polícia Militar prendeu 28 pessoas durante o protesto. A corporação informou, nesta sexta-feira, que os detidos foram levados para a 5ª DP (Gomes Freire), 6ª DP (Cidade Nova), 17ª DP (são Cristóvão) e 19ª DP (Copacabana). Dois PMs foram atingidos a pedradas, sem gravidade. Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para o Hospital Municipal Souza Aguiar.

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Entre eles está o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, atingido na cabeça por um artefato. Ele está no CTI do Souza Aguiar e seu estado de saúde é considerado muito grave.

Região da Central vira praça de guerra

A manifestação contra o aumento da passagem de ônibus contou com cerca de mil pessoas e terminou em confronto entre ativistas e policiais militares do Batalhão de Choque (BPChq). A confusão começou após um grupo quebrar catracas na estação Central do Brasil da SuperVia. A PM atirou uma bomba de gás dentro do local, assustando usuários do transporte e provocando correria generalizada.

Muitas pessoas foram socorridas por quem passava no local na hora da confusão. Pelo menos 10 catracas foram danificadas e, por mais de duas horas, milhares de pessoas não pagaram passagem.

Manifestante é retirado da estação por policial do Batalhão de ChoqueAndré Mourão / Agência O Dia

Centenas de pedestres ficaram assustados, correndo para o Terminal Rodoviário Américo Fontenelle. Idosos se abrigaram na 4ª DP (Praça da República) e muitos ficaram em pânico com a confusão. Parte do grupo se deslocou em direção ao Túnel da Saúde, em direção à Zona Portuária.

O corre-corre continuou do lado de fora, com uso de mais bombas e spray de pimenta pelos policiais. Segundo a SuperVia, as estações Central e Praça da Bandeira fecharam parcialmente, enquanto o Metrô Rio anunciou o fechamento dos acessos Campo de Santana, Ministério do Exército, Alfândega e os acessos Praça e Theatro Municipal, na Cinelândia.

A Avenida Marechal Floriano, na altura da Central do Brasil, bem como a Rua Bento Ribeiro, foram fechadas. Houve lentidão no tráfego nas avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, que também foram parcialmente interditadas. Por volta das 20h15, houve nova confusão na estação da Central do Brasil, quando manifestantes tentaram arrombar um dos portões e foram dispersados pelos PMs.

Um grupo virou uma das cabines de fiscais de ônibus e ateou fogo, sendo dispersado em seguida. Ruas do entorno foram interditadas e reabertas constantemente.

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