Rio - Após a sonda de perfuração SS-S3 que presta serviços à Petrobras ter sido estabilizada, medidas adicionais foram implantadas pela Marinha do Brasil para restabelecer as condições de segurança operacional da plataforma . Na madrugada desta sexta-feira, a sonda sofreu uma inclinação na Bacia de Campos, no Norte Fluminense.Trabalhadores da plataforma tiveram que deixar a base com a ajuda de navios rebocadores. Um inquérito foi instaurado para apurar as causas do incidente. A previsão da conclusão do documento é de 90 dias.
Uma equipe de inspetores navais e auditores técnicos foi enviada para o local para acompanhar as investigações e medidas corretivas de segurança em andamento. O Navio de Patrulha Oceânico "APA" e um helicóptero MH-16 Sea Hawk também foram enviados para a área marítma.
A sonda SS-53 foi interditada, por medida cautelar, pela Associação Nacional de Petróleo (ANP), até que as condições regulamentares de segurança sejam restabelecidas.
Segundo a Marinha, a sonda que se encontrava no poço 7-MRL-222HPA-RJS, estava em operação de reentrada e completação do poço, que permanece fechado com tampões de cimento, não havendo risco de vazamento de hidrocarbonetos ao mar. Ainda de acordo com a Marinha, não houve registro de feridos e não há risco à navegação nas proximidades da locação.
O diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Vitor Carvalho, afirmou que a SS-53 é uma sonda de perfuração de poços, mas há informações de que ultimamente ela era usada como alojamento para o pessoal que trabalha na manutenção de unidades de produção em alto-mar.
“Ela teria sofrido um descontrole e adernou. Durante a madrugada, recebemos informações de que o pessoal não afeito à área técnica da plataforma foi evacuado. Só o pessoal técnico da Noble permaneceu”, disse Vitor. Trabalhadores da plataforma deixaram o local com a ajuda de navios rebocadores.
A plataforma foi construída em 1998 e está registrada sob a bandeira da Libéria, país da África ocidental.