Rio - Policiais da 64ª DP (São João de Meriti) divulgaram nesta sexta-feira o retrato falado do suspeito de invadir a casa do ex-vereador José Eugênio Onça da Silva, coordenador de segurança da Liesa, no último dia 22, no bairro Vila Rosali, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Onça morreu asfixiado depois de ser amarrado e amordaçado.
Segundo a polícia, as informações dão conta de que o suspeito trajava uma camisa vermelha, bermuda preta, no momento em que invadiu a casa do também ex-líder de torcida organizada do Flamengo, clube do qual também fez parte da diretoria.
Assassino seria usuário de drogas ajudado pela família
?Familiares de José Eugênio Onça da Silva disseram durante o funeral dele que o assassino é um usuário de drogas que eles ajudaram algumas vezes. “Todos nós temos contato com esse rapaz. Não sabemos o nome, mas ele está sempre na rua pedindo para varrer a calçada em troca de umas moedinhas. A própria Creuza (Maria das Graças), viúva do Onça, já cansou de ajudá-lo até com comida. Ninguém poderia imaginar que ele faria uma coisa dessas”, disse Adriana Guimarães, de 41, sogra de Carlos Eduardo, um dos filhos da vítima. A Polícia Civil está ouvindo testemunhas e buscando câmeras de segurança que possam ter registrado imagens do bandido, que asfixiou a vítima.
No Sambódromo, antes do último ensaio técnico da Vila Isabel, ontem à noite, um grupo de seguranças realizou homenagem a José Eugênio. “Trabalhei com ele por oito anos. O Onça era um chefe exigente, mas justo e correto. Ele sempre dava o melhor de si na função e gostava que sua equipe fizesse o mesmo”, disse Claudio Martins, de 31. Onça também foi ex-vereador em Meriti, na Baixada, e foi chefe de torcida organizada do Flamengo.
Um amigo da família, que preferiu não se identificar, declarou que crimes como esse são comuns na região. “Quando trabalhou como vereador, tentou ajudar as pessoas e sempre foi correto”.