Rio - Por 16 votos a seis, os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio negaram ontem abertura de processo administrativo contra o juiz João Batista Damasceno, da 1ª Vara de Órfãos e Sucessões, por ter pendurado, em sua sala de audiências, o quadro de um homem na cruz sendo morto por um policial.
A denúncia partiu do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP) e foi aceita pela corregedoria porque a atitude violaria a Lei Orgânica da Magistratura Nacional, que fala da independência na atuação do juiz. A maioria dos desembargadores, porém, argumentou que o quadro não demonstrava uma posição contra a polícia e sim contra a violência cometida em alguns casos pela corporação.