Por bianca.lobianco
Dentista é assassinada em OlariaReprodução Facebook

Rio - ‘Tiraram o único bem que eu tinha. Minha filha era tudo para mim’. O desabafo, aos prantos, foi feito pela dona de casa Vera Lúcia Peixoto, quando soube que Fabíola Peixoto, de 25 anos, foi encontrada morta na casa do namorado, em Olaria. Dentista e prestes a concluir um curso de pós-graduação, a vítima levou quatro tiros. Segundo a Polícia Civil, o assassino é o namorado dela, um cabo da PM que teria cometido o crime após discussão por ciúmes. A Divisão de Homicídios (DH) pediu a prisão dele à Justiça.

Segundo testemunhas, o casal chegou ao imóvel do militar por volta das 5h, na Rua Eleotério Mota. A mãe do suspeito presenciou a discussão e já prestou depoimento na DH. Ela confirmou que a briga foi ocasionado por ciúmes do filho. Fabíola foi atingida por disparos de uma pistola .40. Segundo o delegado responsável pelo caso, André Leiras, o corpo da dentista estava com perfurações de tiros no tórax e no braço. “São marcas claras de que ela tentou se defender”.

O pai de Fabíola, que não se identificou, contou que recebeu telefonema anônimo por volta das 9h. “Não acreditei quando me ligaram. Corri para a casa daquele assassino sem alma”.

Familiares de Fabíola contaram que o acusado estava afastado da PM por problemas psicológicos, mas que, apesar disso, sempre andava armado.

“Ele estava tentando voltar a exercer sua função na polícia. Agora, ele fugiu e ninguém sabe o paradeiro dele”, disse o pai, pela manhã.

Vera Lúcia contou que a filha e o namorado completaria dois meses juntos em breve. “Jamais imaginei que isso pudesse acontecer. Ela era tão jovem e inteligente... Uma pessoa tranquila, que não fazia mal a ninguém. Só queria saber por que fizeram isso com minha filha?”.

Investigadores da Divisão de Homicídios aguardavam a decisão da Justiça sobre a pedido de prisão. Eles também irão solicitar à PM informações sobre o estado psicológico do acusado, que era lotado no 2º BPM (Botafogo).

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