Rio - A Polícia Civil identificou, nesta segunda-feira, o adolescente de 15 anos envolvido no assalto ao casal de turistas, em Ipanema, Zona Sul do Rio, na última sexta-feira. O jovem foi flagrado pela reportagem de O DIA arrancando o cordão de uma das vítimas. A Justiça expediu mandado de busca e apreensão contra ele, e, segundo informações da 14ª DP (Leblon), o menor tem passagem pela polícia por porte de drogas.
Um dos quatro integrantes da quadrilha, Wanderson da Silva Souza, 18, foi preso, nesta madrugada, no Morro do Cantagalo, por policiais da UPP da comunidade. Ele também teve mandado de prisão temporária por roubo expedido contra ele. Segundo a polícia, todos os suspeitos moram no local e já praticaram algum delito.
A polícia também continua a busca por mais dois suspeitos que foram identificados: os irmãos Alexandre da Silva Rodrigues, 24, e Adriano Silva Rodrigues, 25. Mais dois mandados de prisão temporária foram expedidos contra eles.
Alexandre tem passagem por furto, posse de explosivo e resistência à prisão. Adriano já foi denunciado por ameaça e dois furtos a turistas. Já Wanderson, por duas tentativas de furto a turistas, furto consumado, tráfico de drogas e jogo de azar.
Inicialmente, polícia ignorou o fato
Após o assalto, o casal de turistas de Brasília não registrou queixa na delegacia, alegando ter esperado 40 minutos pela chegada de uma viatura da Polícia Militar, acionada pelo 190. Em nota a PM, porém, afirmou que uma patrulha chegou ao local 25 minutos depois do chamado, que teria sido feito às 14h02: “Em 25 minutos os policiais chegaram ao local solicitado. Lá não foi localizado nem solicitante, nem suspeitos. As 14h45 encerraram a ocorrência por não localizar nenhum solicitante. O policiamento do local é feito por dois carrinhos elétricos e uma viatura nessa quadra da praia”, dizia o texto.
Tipo de assalto é frequente
Segundo comerciantes e moradores da região, este tipo de assalto é muito frequente no local. Presidente da Associação de Moradores de Ipanema, Maria Amélia Loureiro, diz que atuação de gangues já é conhecida: “Eles estão sempre acompanhados. Enquanto um comete o crime, os outros vigiam a área, e, se precisar, dão apoio ao que está à frente do assalto”.
“Essa turma de ladrões está sempre aqui, diariamente, e são sempre as mesmas pessoas. Não entendo como a polícia não os prende. Mesmo depois da reportagem, hoje (sábado) o que se vê é o mesmo de todo dia: raríssimos guardas”, reclama um comerciante da orla que não quis ser identificado.