Por thiago.antunes

Rio - O deputado estadual Felipe Peixoto (PDT) é o nome mais cotado para formar a chapa com o governador Luiz Fernando Pezão nas eleições de outubro. O pedetista tem estado muito perto do governador em eventos sociais e já acertou as bases do acordo para ser o candidato a vice.

A aliança só não foi anunciada porque a negociação foi feita à revelia do presidente do partido, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi. O líder do PDT, que também tem sido sondado pelo PT do senador Lindbergh Farias, outro candidato ao governo do Estado, se irritou por não ter sido consultado. Mas tende a apoiar Pezão.

Felipe Peixoto defende a aliança com o PMDB do governador PezãoAgência O Dia

O PDT tem no governo do estado o controle das secretarias de Trabalho e de Defesa do Consumidor. Além disso, em fevereiro, a filha de Lupi, Clarissa Rocha, foi nomeada para cargo comissionado na Agetransp (agência reguladora de transportes) do Estado do Rio de Janeiro. “Acho que estamos muito perto desta aliança, e sou defensor dela. Mas quem decide isso é o Lupi. Por enquanto, o que tenho a dizer é que estou focado na minha campanha para deputado federal”, afirmou Peixoto.

A candidatura do pedetista a vice também seria uma forma de agradar o prefeito de Niterói, o petista Rodrigo Neves, maior aliado do PMDB. É que a reeleição de Pezão com Felipe na chapa tiraria o deputado da disputa pela prefeitura de Niterói em 2016. Peixoto, atualmente, é o principal adversário político de Rodrigo na cidade, tendo sido derrotado no segundo turno das eleições de 2012.

O plano B do PMDB seria oferecer a vaga de vice ao PV. A executiva dos verdes já anunciou apoio a Lindbergh Farias (PT), mas Pezão não desistiu. Setores do PMDB sonham em ter na vice o presidente de honra do PV, Fernando Gabeira. Já o vereador Leonel Brizola Neto, herdeiro político do ex-governador Brizola, e desafeto de Lupi, é contra a aliança com o PMDB. “O governo do PMDB é a antítese do brizolismo. Eles querem construir presídios. Nós queremos construir escolas. Acho que o PDT não tem que pedir cargo algum e ficar em governo nenhum”, afirmou Brizola Neto.

PT também quer o PDT

O Partido dos Trabalhadores (PT) não desistiu de conquistar o apoio do PDT numa aliança de partidos de esquerda. O PT já conta com PC do B e PV em sua aliança. Apesar de ter anunciado as pré-candidaturas de Jandira Feghali ao Senado e de Roberto Rocco a vice-governador na chapa de Lindbergh Farias, mudanças podem ocorrer caso os pedetistas decidam se aliar aos petistas. Vale lembrar que o PDT comanda o Ministério do Trabalho e já decidiu pelo apoio à reeleição da presidenta Dilma.

“O trabalhismo do PDT é uma corrente de esquerda fundamental para a nossa aliança, para que a gente comece, a partir do Rio de Janeiro, a liderar as grandes reformas que o Brasil precisa fazer”, disse o presidente do PT, Washington Quaquá, prefeito de Maricá. “Conjunturas nacionais nos obrigaram a fazer uma aliança com o que há de mais conservador no estado do Rio, mas chegou a hora de iniciarmos as mudanças daqui, honrando as tradições libertárias desse estado”, concluiu.

Romário vai concorrer ao Senado

O deputado federal Romário (PSB-RJ) usou ontem o Facebook para anunciar a sua pré-candidatura ao Senado. O parlamentar, principal crítico dos gastos públicos para a Copa do Mundo, disse que a decisão foi tomada ontem, após reunião com o presidente da legenda e pré-candidato a presidente da República, Eduardo Campos. A candidatura ao Senado será confirmada na convenção do partido, em junho.

Para a sucessão estadual, o PSB ainda não decidiu se lançará candidato próprio ou se apoiará uma das pré-candidaturas já lançadas: do governador Pezão, dos senadores Lindbergh e Crivella (PRB) ou do deputado federal Anthony Garotinho (PR).

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