Rio - Investigadores da 12ª DP (Copacabana) identificaram o grupo que atacou e roubou o ciclista Pedro Málaga, que filmou o próprio crime no qual foi vítima, dia 21, no Aterro do Flamengo. Eles moram em Olaria, na Zona Norte, são moradores de classe média e não têm antecedentes criminais. Ainda de acordo com a delegada Isabela Santoni, ontem foram apreendidos o adolescente de 15 anos que derrubou a vítima no chão para levar a bicicleta, e um outro, de 16, que comprou o veículo por R$ 300.
“Eles são estudantes, com boas condições de vida e não fazem parte de nenhuma gangue. Devem ter sido influenciados por alguém do bairro que deu a ideia para eles roubarem. Os pais dos menores estão revoltados com a atitude dos filhos e colaboraram com as investigações, inclusive para que eles se apresentassem à polícia. Cada um dos seis meninos ficou com R$ 50 da bicicleta vendida”, informou a policial, cuja equipe recuperou a bicicleta.
A delegada Isabela Santoni afirmou que as imagens da câmera acoplada no capacete de Pedro foram ‘superimportantes’ para identificar os ladrões. Os dois menores foram apreendidos na terça-feira, em Olaria. Os outros cinco garotos que aparecem no vídeo durante a ação, também são moradores do bairro e estão sendo procurados. Eles teriam decidido, durante jogo de futebol, ir para a região com o objetivo de assaltar.
O jovem que derrubou o ciclista no chão vai responder por fato análogo ao crime de roubo qualificado. Já o menor que comprou a bicicleta responderá por fato análogo ao crime de receptação. Segundo a delegada, os dois estão soltos porque não foram presos em flagrante e o resultado das investigações será distribuído a uma Vara da Infância e Juventude.
Vítima elogia investigadores
Para o ciclista, o desfecho do crime foi surpreendente. “Já tinha dado como perdida a minha bicicleta, e ela voltou para mim intacta, do mesmo jeito que a perdi. O trabalho da Polícia Civil foi ótimo, não acreditava que ia reaver a minha bicicleta. Os policiais me surpreenderam de uma forma muito positiva”.
Porém, apesar do alívio, Pedro falou que não voltará mais a circular no Aterro. “Vou fazer outras rotas para chegar até o trabalho. Nunca pensei que a câmera do meu capacete, que usava por precaução para casos de acidentes de trânsito, serviria um dia para resolver um crime”.
