Rio - Foi marcada para a próxima segunda-feira, às 14h30, a decisão sobre o futuro da greve dos rodoviários do município do Rio no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Na ocasião, será julgado, na Seção Especializada em Dissídios Coletivos, o dissídio coletivo de greve interposto pelo Rio Ônibus contra o Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Sintraturb).
Na última audiência de conciliação, realizada na sede do TRT no último dia 12 de maio, as partes não chegaram a um acordo, determinando o prosseguimento da ação, com abertura de prazo para manifestação das partes e do Ministério Público do Trabalho.
Já no dia 13 de maio, a vice-presidente do TRT/RJ, desembargadora Maria das Graças Cabral Viegas Paranhos, concedeu liminar que determinava a manutenção em serviço de pelo menos 70% do efetivo total do quadro de rodoviários do município do Rio de Janeiro, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento, contra o sindicato dos trabalhadores.
Nesta sexta-feira, o grupo dissidente realiza uma nova assembleia para decidir sobre a realização ou não de uma nova paralisação.

Protesto de profissionais da educação tem confrontos e professora detida
?A manifestação de professores das redes estadual e municipal nesta quarta-feira terminou em confrontos entre os docentes e policiais militares no Centro do Rio. PMs interviram para a liberação da Avenida Presidente Vargas, que foi interditada nos dois sentidos pelos manifestantes. Por volta das 16h, o confronto foi em frente à Secretaria Estadual de Educação (SEEDUC), no Santo Cristo, quando os professores tentaram colar adesivos no prédio. Uma professora foi detida acusada por PMs de agressão.
>>>GALERIA: Policiais e professores entram em confronto no Centro
O Sepe (Sindicato Estadual de Profissionais da Educação) acusa a PM de usar spray de pimenta e lançar bombas contra eles. " Foi uma truculência desnecessária", disse o coordenador do sindicato, Alex Trentino.

De acordo com a Polícia Militar, agentes do 4°BPM (São Cristóvão), 5ºBPM (Centro) e do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE) foram acionados para acompanhar manifestação de cerca de 300 pessoas (número da PM) na Avenida Presidente Vargas, próximo à sede da Prefeitura, na tarde desta quinta-feira (28/05). Ainda segundo PM, os policiais foram autorizados pelos oficiais a impedir o bloqueio do trânsito pelos manifestantes. Para isto, foram usados artefatos de efeito moral.
Um manifestante se feriu e uma professora foi conduzida à 17ªDP (São Cristóvão) sob acusação de agredir um dos policiais.
A professora detida foi levada para a 4ª DP (Praça da República) e depois encaminhada para a 17ª DP (São Cristóvão). O sindicato nega a agressão. Ela foi autuada por resistência e desacato. Um grupo de 50 professores protestou em frente à distrital. Após prestar depoimento, a docente foi liberada por volta de 20h30
Estação de metrô chegou a ser fechada
A manifestação chegou a interditar os dois sentidos da Avenida Presidente Vargas: as pistas lateral e central no sentido Candelária e a pista central no sentido Praça da Bandeira. A estação de metrô da Cidade Nova chegou a ser fechada em razão do protesto. Segundo a concessionária, o funcionamento está normalizado.
Os docentes se concentraram pela manhã em frente à sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova. Eles, que estão em greve desde o último dia 12, pedem pelo reajuste salarial de 20% e melhores condições de trabalho.
Ponto cortado a partir desta quarta
A partir desta quarta-feira, os professores estaduais que faltarem ao trabalho terão o ponto cortado. A desembargadora Leila Mariano, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, considerou ilegal a greve dos profissionais da rede estadual. Na decisão, publicada nesta terça-feira, a magistrada determina ainda que o sindicato da categoria, o Sepe, suspenda a paralisação, sob pena de multa diária de R$ 300 mil.
De acordo com a desembargadora, o sindicato demonstrou desinteresse nas negociações com o governo. Leila Mariano lembrou que, segundo o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), o sindicato não apresentou intenção em resolver os pactos firmados anteriormente. E que, "ficou comprovado que o Estado cumpriu com os itens acertados".
"Iimportante registrar que, na referida audiência (no STF, dia 13/05), o Estado do Rio de Janeiro, em respeito aos professores e aos alunos da rede pública estadual, concordou com a manutenção dos grupos de trabalho e fóruns de debate para o aprimoramento dos temas previstos no acordo”, afirmou Leila Mariano, em um trecho de sua decisão.
A magistrada determinou a volta imediata ao trabalho e facultou ao Estado a decisão de cortar o ponto e descontar o salário dos grevistas. Leila Mariano remeteu seu despacho também ao relato, junto ao STF, de que “o Sepe incentivou a categoria dos professores a não trabalharem no mês de janeiro de 2014, o que inviabilizaria a reposição das aulas na forma acordada, fato este corroborado pelo Ministério Público oficiante no âmbito do Estado. Todavia, mesmo diante da ausência de inúmeros professores, o estado adotou todas as medidas visando à reposição das aulas, a fim de assegurar o cumprimento do calendário das aulas e os direitos dos alunos.”