Rio - Há pelo menos dois anos, os carros estão aposentados do cotidiano da tradutora Carla Branco e da jornalista Rafaela Passos. Veículo preferencial de ambas no trajeto casa-trabalho-casa, a bicicleta representa neste domingo, além do lazer, a mensagem sobre a importância do transporte não poluente. Elas participam neste domingo pela primeira vez do megapasseio ciclístico Um Dia Sem Carro.
O evento, que chega à 27ª edição, começa às 9h e vai cumprir um percurso de 12 quilômetros, saindo do Monumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, até o Mourisco, em Botafogo, e voltando pela orla ao ponto de partida. Os organizadores esperam 30 mil ciclistas. As inscrições, a R$ 10, podem ser feitas até o horário de início do passeio.
Para Carla Branco, de 41 anos, a bicicleta é sua maior companhia. "A bike é o meu meio de transporte, faço tudo com ela. Vou e volto do trabalho, vou ao mercado, às aulas de balé e à ioga", diz Carla, que mora e trabalha no bairro do Flamengo, na Zona Sul. Sentada sobre sua bicicleta dobrável, que atrai olhares curiosos de pedestres e outros ciclistas, Rafaela Passos, 34, diz que costuma fazer parte do trajeto sobre duas rodas, de Vila Isabel à Lapa, onde trabalha.
“Vou até a estação de metrô de São Francisco Xavier e deixo a bicicleta lá. E pego no caminho de volta”, conta ela. Mesmo nos momentos de lazer, nos fins de semana e feriados, ela não deixa de pedalar pela orla. Carla lamenta que, no Rio, o convívio entre motoristas de veículos motorizados e bicicletas não seja dos mais cordiais. “Estou sempre levando uma fechada dos carros e ônibus. É perigoso. Precisamos avançar quanto à conscientização das pessoas”, observa.
Rafaela resolveu estrear no passeio Um Dia Sem Carro deste ano porque considerou interessante pedalar em parceria com uma multidão e circular por um circuito ocupado normalmente pelo trânsito pesado. “Vai ser bonito ver as pistas do Aterro completamente tomadas pelas bicicletas”, afirma.
