Por paloma.savedra

Rio - O falso médico suspeito de ter feito o aborto na jovem Jandyra Magdalena dos Santos - morta após a cirurgia e cujo corpo foi encontrado carbonizado no dia 27 de setembro -, Carlos Augusto Graça de Oliveira, se entregou à Polícia Civil nesta quarta-feira. Ele foi nesta manhã à 35ª DP (Campo Grande), acompanhado de seu advogado, André do Espírito Santo, por volta das 11h, e permanecerá preso. 

Falso médico suspeito de ter feito o aborto em Jandyra%2C Carlos Augusto tem 10 passagens pela polícia por abortoDivulgação

O falso médico já tinha dez passagens pela polícia, por homicídio qualificado, aborto, ocultação de cadáver, formação de quadrilha, falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. Cinco pessoas suspeitas de participação no crime já foram indiciadas e estão presas, e mais duas estão foragidas.

Já Carlos Augusto, que se apresentou à polícia na semana passada, não pode ser preso, devido à lei eleitoral, que impede prisões cinco dias antes das aleições. Carlos estava sendo procurado e tinha mandado de prisão expedido pela Justiça. Neste período pré-eleição, somente flagrantes podem ser realizados.

Mais dois suspeitos estão sendo procurados

O Disque-Denúncia divulgou nesta quarta-feira um cartaz com mais dois suspeitos da morte de Jandyra Magdalena. Jadir Messias da Silva e Débora Dias Ferreira estão foragidos da Justiça e a recompensa é de R$ 1 mil para informações sobre o paradeiro da dupla.

O Disque-Denúncia oferece R%24 1 mil por informações sobre os paradeiros de Jadir Messias e Débora Dias%2C acusados de participação da morte da grávida Jandyra MagdalenaDivulgação / Disque Denúncia

Jadir e Débora são réus em processo de março do ano passado e respondem por homicídio qualificado, aborto em terceiros e formação de quadrilha. De acordo com o Ministério Público, ele, que é taxista, seria o motorista da quadrilha, junto com Débora, que é sobrinha de Rosemere Aparecida Ferreira, técnica de enfermagem presa no último dia 11 de setembro. Ela também é acusada de participar do aborto e da morte de Jandyra.

Débora chegou a ser ouvida como testemunha durante as investigações sobre o desaparecimento e morte de Jandyra, mas foi liberada pela polícia.

Jovem ficou desaparecida após cirurgia

A auxiliar administrativa Jandyra Magdalena Cruz estava grávida de quatro meses e morreu após um aborto realizado em uma clínica clandestina em Campo Grande, no dia 26 de agosto. Seu corpo foi encontrado carbonizado dentro de um carro em Guaratiba, no dia 27 do mês passado.

Jandyra desapareceu no dia 26, depois de procurar uma clínica clandestina de aborto em Campo Grande. Ela teve os membros e arcada dentária arrancados, e seu corpo foi carbonizado Reprodução

Jandyra Magdalena foi sepultada no dia 28 de setembro, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte. Após o aborto, seu corpo foi encontrado carbonizado dentro de um carro em Guaratiba, no dia 27 do mês passado.

Justiça nega habeas corpus a presos

A Justiça do Rio negou, nesta terça-feira, o pedido de habeas corpus para o casal Marcelo Eduardo de Medeiros e Mônica Teixeira, acusados de envolvimento na morte de Jandyra. De acordo com as investigações da polícia, Medeiros é o dono do imóvel alugado para o funcionamento da clínica clandestina onde a vítima acabou morrendo. Mônica seria a recepcionista no estabelecimento.

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