Por paloma.savedra

Rio - Em uma carta entregue à imprensa, na manhã desta sexta-feira, a família da delegada Tatiene Damaris Sobrinho Damasceno Furtado - assassinada pelo marido Alessandro Oliveira Furtado e encontrada morta dentro de casa em Realengo, Zona Oeste, nesta quinta-feira - desabafa sobre o crime, descrito como "bárbaro", e clama por justiça. O texto foi divulgado durante o velório da vítima, realizado na Loja Maçônica Fraternida de Realengo, e que teve a presença do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e de delegados da Polícia Civil. 

Familiares fizeram desabafo%2C pedindo por justiça%2C em carta entregue à imprensa durante o velórioTamyres Matos / Agência O Dia

Consternados, os parentes de Tatiane preferiram não conceder entrevistas. Porém, expressaram na carta o sentimento da família, destacando também a atuação da policial perante a sociedade e como mulher.

"A família encontra-se profundamente abalada com o fato, principalmente por se tratar de uma cidadã que atuou com seriedade no âmbito da segurança pública e por ser mãe, mulher, responsável, atuante". Eles ainda pedem por justiça "diante de um crime bárbaro no seio do próprio lar". 

'Foi um ato covarde', diz titular da DH

Após o velório, por volta das 14h, cerca de 150 pessoas entre familiares e amigos, além de colegas de profissão de Tatiane, participaram do sepultamento o Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.

'Parece que estamos diante de mais um caso de violência doméstica'

Beltrame foi ao velório e prestou solidariedade aos parentes da delegada. O secretário também comentou o crime e garantiu que o caso será apurado: "Parece que estamos diante de mais um caso de violência doméstica, mas a Divisão de Homicídios já está bem adiantada quanto à motivação. É uma perda importante. É uma delegada que a gente conhecia a história. Então, viemos aqui para prestar essa homenagem"

Tatiene era delegada adjunta da 36ªDP(Santa Cruz)Carlos Moraes / Agência O Dia

O marido da vítima, Alessandro Oliveira Furtado, de 39 anos, confessou que matou asfixiada a delegada adjunta da 36ªDP (Santa Cruz). De acordo com o titular da DH, ele confessou a morte da esposa após entrar em contradição diversas vezes durante o depoimento.

Um dos motivos para o crime pode ser um seguro feito por Tatiene Damaris há 15 dias em nome dos filhos, um jovem de 17 anos, fruto de outro relacionamento, e a menina de três anos, que está com os avós maternos.

A amante de Alessandro já prestou depoimento na delegacia, mas os policiais descartaram a participação dela no crime. Ele foi qualificado por homicídio qualificado por asfixia e pode pegar até 30 anos de prisão.

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