Por paulo.gomes

Rio - Apontado pela polícia como o chefe de tráfico de drogas no Complexo do Alemão, Edson Silva de Souza, conhecido como Orelha, está em liberdade desde a quinta-feira. Preso em setembro durante uma megaoperação na comunidade, apesar de num novo pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público, o traficante foi beneficiado por um habeas corpus, concedido por decisão judicial do desembargador Fernando Antônio de Almeida, da 6ª Vara Criminal.

Apontado como o chefe do tráfico no Complexo do Alemão, Edson Silva de Souza, o Orelha, foi preso durante a Operação Urano, em setembroFabio Gonçalves / Agência O Dia

Na terça-feira, a Justiça havia revogado a prisão dos 41 acusados por tráfico de drogas no Complexo do Alemão, entre eles o Orelha, que foram denunciados pela Operação Urano, do Ministério Público do Rio. A revogação foi deferida pela 6ª Câmara Criminal. No entanto, na quarta, a juíza Marcela Assad Caram, da 25ª Vara Criminal da Capital, havia deferido o pedido do MP.

De acordo com a nova decisão da juíza da 25ª Vara Criminal, os réus oferecem risco à ordem pública e à instrução criminal. Soltos, eles poderiam ameaçar testemunhas ou até mesmo fugir. A magistrada lembrou, ainda, que a denúncia ‘decorreu de farto trabalho investigativo, realizado pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP e pela Polícia Civil, envolvendo escutas telefônicas com autorização judicial e mandados de busca e apreensão, na qual foram coletados indícios suficientes de autoria dos crimes pelos réus’.

Os 25 acusados estiveram envolvidos em ataque à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Alemão, no incêndio de veículos próximo à unidade e em diversos confrontos envolvendo os traficantes e policiais militares.

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