Rio - A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira dois suspeitos de participar da invasão ao Residencial Guadalupe, conjunto habitacional do ‘Minha Casa, Minha Vida’: Carlos Henrique de Oliveira, líder comunitário na Favela Gogó da Ema, em Guadalupe, e Davi da Conceição Carvalho, chefe do tráfico na Favela Final Feliz, no Complexo do Chapadão. Agora, agentes da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) miram Iago Neves Capini da Silva, o Periquito, traficante apontado como autor do plano de invadir os 11 prédios, desocupado na quarta-feira após a Justiça determinar a reintegração de posse.
A ficha de Periquito é extensa: contra ele pesam 17 mandados de prisão por, entre outros, roubo à mão armada nos arredores da Favela Gogó da Ema. Outro procurado é Paulo de Aquino, ex-candidato a deputado estadual, que também teve mandado de prisão expedido pela Justiça.
Sobre Carlos Henrique, o delegado Hércules Pires do Nascimento afirmou que o preso articulava os preços das unidades do condomínio.
“Sua influência era fundamental para articulação entre o tráfico e possíveis locatários. Ele transitava com facilidade entre as partes do esquema. Sabemos que ele incentivou a invasão no dia 9”, explicou o delegado.
Com o líder comunitário, na sede da associação de moradores, foram encontrados cartuchos de munição e documentos que comprovariam sua relação estreita com a criminalidade. Para a operação de captura, que contou com mais de 100 homens, foram empregados dois helicópteros e um veículo blindado da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
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Houve troca de tiros no início da incursão policial, mas não houve feridos. A origem dos cartuchos será rastreada. Questionado, o preso negou qualquer relação com o crime. “Estão me confundindo, nunca fiz nada de errado”, disse.
Na mesma operação, homens da 39ª DP (Pavuna) prenderam Davi da Conceição Carvalho, chefe do tráfico na Favela Final Feliz, no Complexo do Chapadão. Contra ele, havia pendentes dois mandados por tráfico de drogas, dois por homicídio e um por roubo à mão armada. De acordo com policiais, teria partido dele as ordens de interdição de vias e construção de barricada no entorno do condomínio.