Por paulo.gomes
Rio - Sailson José das Graças, o Monstro de Corumbá, foi transferido nesta quinta-feira para a Cadeia Pública José Frederico Marques, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. Ele deixou a sede da Polinter, na Cidade da Polícia, por volta das 11h. Na última terça-feira, a Justiça do Rio decretou a prisão de Sailson que confessou ter matado 43 pessoas, sete dessas mortes já confirmadas pela polícia.
Sailson José das Graças%2C o Monstro de Corumbá%2C deixou na manhã desta quinta-feira a Cidade da Polícia rumo ao Complexo Penitenciário de Gericinó%2C em BanguAlexandre Vieira / Agência O Dia

A decisão judicial também vale para Cleusa Balbina e José Messias, apontados como mandantes de homicídios praticados por Sailson. A decisão do juiz Alexandre Guimarães, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, leva em consideração a "periculosidade" dos acusados, o risco dos delitos de repetirem pelo serial killer e a segurança das testemunhas.

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"Há gravíssimo risco à ordem pública se qualquer dos indiciados forem prematuramente soltos", diz o texto.
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Na última segunda-feira, dois filhos de uma mulher morta no início do ano estiveram na sede da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense para confirmar que sua mãe foi uma das sete vítimas do Monstro de Corumbá. Marilene de Oliveira Silva de Brito, de 44 anos, foi encontrada morta dentro de casa, no dia 23 de janeiro, no bairro Santa Rita, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Clauciele Silva Brito do Nascimento, de 25 anos, filha da vítima, disse que resolveu ir até a delegacia após ver na TV Sailson mostrando a casa onde teria matado uma pessoa. A residência em questão, era da sua mãe.
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"Vim na delegacia depois de ver uma reportagem onde o Sailson afirma ter matado uma das vítimas. Eu reconheci a casa onde ele mostrou, que era a casa da minha mãe".
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Ele disse que a mãe trabalhava numa padaria e antes passava na casa da irmã. Como ela não tinha feito isso naquele dia, ela foi até a casa de Marilene, que morava sozinha, e encontrou o corpo. "Ele pegava às 14h no trabalho, mas antes de ir, passava na casa da irmã. Como isso não aconteceu, por volta de 14h30 fui na casa da mãe e a encontrei na cama, esfaqueada e com um travesseiro na cabeça", disse.
"Ele (Sailson) entrou por uma janela que estava aberta e atacou a minhã mãe. Era uma mulher boa, que vivia do trabalho para a igreja. E aconteceu uma atrocidade dessa", lamentou a filha.
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Clauciele revelou que o principal suspeito do crime era um ex-namorado da sua mãe. "Esse tempo todo a gente acreditava que o crime teria sido por motivo passional, pois foi registrado assim pela polícia. Eles desconfiavam de um ex-namorado da minha mãe".