Por paulo.gomes

Rio -A livre circulação de armas nas mãos de traficantes do Rio, que fizeram 25 vítimas em 15 dias, teve uma de suas rotas desarticuladas ontem pela polícia. Domingo, o DIA mostrou que, apesar de as apreensões de armas terem diminuído, os confrontos cresceram assustadoramente. Os sete presos em operação da Polícia Civil são responsáveis por abastecer a quadrilha do traficante mais procurado do Rio: Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy.

As armas vendidas por eles foram usadas nas invasões feitas pelo bando de Playboy no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho.

Bando trazia armas do exterior toda semana%2C segundo investigaçãoEstefan Radovicz / Agência O Dia

Entre os capturados, estava o cadeirante Edson Luiz de Ângelo, responsável pelo transporte do armamento do Paraguai para o Brasil. Ele se aproveitava de sua condição para praticar o crime, justamente porque não chamava atenção.

Edson foi preso terça-feira, na Rocinha, dentro de um carro adaptável. Além dele, Sandro Faria Sampaio, Saymom Paixão da Silva, Luiz Fernando Barbosa Bruno, Éverton Rodrigues da Paixão, Isaac Menezes Teixeira e outro homem, cujo nome não foi divulgado, foram presos. Um segue foragido.

“O Playboy gosta de ostentar, ele quer mostrar poder. Tinha intenção de se armar para invadir comunidades”, afirmou o delegado Rodrigo Santoro, da 34ª DP (Bangu).

A investigação mostrou que a quadrilha ia semanalmente ao Paraguai buscar armas, incluindo fuzis, para serem distribuídas em comunidades controladas pela facção Amigos dos Amigos. O delegado também afirmou que as armas tinham grande poder de letalidade e disparavam rajadas. Foram apreendidas seis pistolas e carregadores. Os presos chegaram a montar comércios na Pavuna para se passar por comerciantes e receber o material.

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