Rio - Em meio à crise hídrica, o Governo do Rio estuda estabelecer critérios de reúso da água às empresas de ônibus. O secretário de Transportes, Carlos Osório, vai se reunir, nos próximos dias, com o Detro (Departamento de Transportes Rodoviários) e os sindicatos das viações para definir as metas do programa.
A Fetranspor, representante das empresas, garante que 70% delas já adotam práticas sustentáveis e deu previsão de três anos para atingir 100%. Como o programa ainda vai ser desenhado, Osório não informou que metas serão estabelecidas nem se as companhias terão incentivos para economizar.
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Quando o assunto é racionamento no setor, o Rio tem boas referências. Nas obras da Linha 4 do Metrô, já foram reutilizados 200 milhões de litros de água, desde 2011, na escavação dos túneis entre a Barra e a Gávea — o suficiente para abastecer 18.300 casas por um mês. Toda a água utilizada pelo equipamento que perfura a rocha é decantada e serve para limpar o canteiro de obras, lavar rodas de caminhões, umedecer ruas, entre outros fins.
Mais de 20 empresas de ônibus usam sistema de tratamento com elementos biológicos que, além de reutilizar a água da lavagem de ônibus, torna desnecessário o sabão. A Transporte Barra e a Braso Lisboa dizem que reaproveitam até 84 mil litros a cada 90 mil. De cada 100 mil litros usados pela Viação N. S. Lourdes para lavar a frota, 96 mil são de água reaproveitada.
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