Por nicolas.satriano

Rio - Às vésperas do Carnaval, as obras de pavimentação de uma rua, que eclode no entorno do Sambódromo, geram curiosidade em quem passa por ali. Em meio ao terreno onde funciona o pátio de veículos utilizado pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), com acesso pela Rua Benedito Hipólito, agora se observa uma via de aproximadamente 300 metros que nasce na Avenida Presidente Vargas em direção a um futuro empreendimento comercial de 23 andares, batizado de REC Sapucaí.

No destaque%2C o pátio ocupado pela Secretaria de Ordem Pública%2C antes de ser dividido pela abertura da rua (D)%2C que ainda nem tem nomeReprodução

A imagem aérea mostra o espaço dedicado aos veículos rebocados reduzido a cerca de quatro mil metros quadrados, enquanto a construção do prédio privado — tida como fundamental no processo de revitalização da Praça 11 — avança a passos largos. De acordo com a Previ-Rio, detentora de parte do depósito, o terreno público é divido em três imóveis diferentes, dos quais dois pertencem à prefeitura e outro ao próprio órgão. O local estava cedido à Seop. Uma das partes pertencentes à prefeitura e a de propriedade do órgão de previdência encontram-se em processo de licitação e venda conjunta, ao custo de R$ 76 milhões, de acordo com a assessoria da Previ-Rio.

No entanto, nem o órgão, tampouco a sub-Prefeitura do Centro, souberam informar a quem pertencia o trecho sacrificado em nome da nova via. A administração do bairro confirma que a intervenção faz parte do conjunto de obras realizadas para receber prédio privado, o que incluirá obras de drenagem e iluminação.

O quanto a abertura da via impactará no valor de venda do terreno público, no entanto, continua sendo um mistério. Assim como o nome com que a rua será chamada.

Rua aberta no meio de depósito da SEOPMaíra Coelho / Agência O Dia

De acordo com a sub-prefeitura, “a princípio, a via vem sendo tratada como a continuação da Rua Resende Barroso, mas pode ser que ganhe outro nome, após passar pelo crivo da prefeitura e da Secretaria de Urbanismo”.

Por enquanto, motoristas que veem o acesso diminuem a velocidade e se deparam com cones colocados em sua entrada, impedindo o tráfego de veículos. “Será bom para quem vai trabalhar no prédio, já para aqueles que seguem pela Benedito Hipólito é a certeza de mais um sinal, o que pode deixar o trânsito ainda mais caótico”, opinou o professor Jayme Santana, de 53 anos. Já a dona de casa Francielle Souza, 42, vê como positiva a mudança. “Será uma alternativa para quem, por descuido, perde os acessos para a Lapa”, afirmou.

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