Rio - A Justiça do Rio decidiu pelo arquivamento da ação penal contra o inglês Raymond Whelan, executivo da Match Services, preso em julho do ano passado durante investigações sobre venda irregular de ingressos para a Copa do Mundo. Segundo o tribunal, o processo continua contra os demais acusados, entre eles o argelino Mohamed Lamine Fofana e outros réus.
A decisão foi da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ) e seguiu voto dos desembargadores Fernando Antonio de Almeida e Luiz Noronha Dantas. "Decreto a inépcia material da denúncia, trancando-se a ação penal apenas quanto a este paciente, sem extensão a qualquer dos demais corréus", afirmou o desembargador Luiz Noronha Dantas. Ou seja, os magistrados entenderam que não havia provas contra Whelan.
STF cassa liminar dada a CEO da Match
Máfia dos ingressos atuou nas cidades onde a seleção jogou
Raymond Whelan, executivo da Match - empresa autorizada pela Fifa a vender entradas de jogos do Mundial - foi denunciado por ação criminosa e por beneficiar o cambismo. Já os outros, como o argelino Fofana, foram denunciados por lavagem de dinheiro, associação criminosa e cambismo. O único que não teve o pedido de prisão solicitava pelo Ministério Público foi o advogado José Massih, por ter colaborado com as investigações.
Whelan teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio em julho de 2014 e ficou no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste. No entanto, em agosto, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus ao empresário, que deixou a prisão. Já em novembro, a corte cassou a liminar que garantia sua liberdade.
A máfia foi desarticulada após investigações da 18ª DP (Praça da Bandeira). No dia 1º de julho, a polícia chegou a prender 11 pessoas envolvidas no esquema, na operação denominada Jules Rimet.