Rio - Pablo Álvarez, o Bebote, considerado um dos líderes de torcida organizada mais perigosos da Argentina, publicou uma foto em que aparece com um fuzil e ao lado de dois jovens, sendo um fortemente armado, no Morro do Urubu, em Pilares, na Zona Norte. O barra brava (como são chamados os torcedores violentos na Argentina) escreveu na legenda: "Disseram que eu não poderia entrar no Brasil porque era perigoso? hahaha Aqui o perigo não precisa de mim. Festa na favela".
Este não é o primeiro episódio polêmico que Bebote se envolve. No dia 5 de julho, durante a Copa do Mundo, o líder da torcida do Independiente foi preso no estádio Mané Garrincha, em Brasília, durante o jogo entre Argentina e Bélgica.
Barra Brava argentino com camisa do Flamengo é preso no Mané Garrincha
Barra Brava garante já ter visto jogos da Argentina, mesmo na lista negra
Antes do Mundial, o governo argentino havia enviado ao Brasil uma lista com nomes dos torcedores considerados perigosos, incluindo Pablo Álvarez, e que estavam impedidos de entrar no país para assistir aos jogos. No momento da prisão, ele estava usando uma camisa do Flamengo para tentar se disfarçar na multidão.
O ex-líder da extinta Hinchadas Unidas Argentinas (HUA), que reunia diversas facções de barra bravas para torcer pela seleção, também é suspeito de participar do episódio em que diversos cachorros foram enforcados nas redondezas do estádio Libertadores da América, em Buenos Aires, em um ato de ameaça aos jogadores após o Independiente ter sido rebaixado no Campeonato Argentino.
Outro caso de violência vinculado à Bebote foi quando ele ameaçou dar três tiros - dois na perna direita e um nos testículos - no jogador Fabián Vargas, caso o meia fosse jogar no rival Racing.
Reportagem de Victor Duarte