Por nicolas.satriano

Rio - Mudar o sistema de mobilidade da cidade com a participação dos cariocas. Aqueles problemas do cotidiano — como a falta de ciclovias e de pontos de ônibus, coletivos que não passam no horário previsto, assim como sugestões para melhorar a rotina de quem usa o transporte público — poderão direcionar a criação de políticas públicas na cidade. A ideia, que está sendo estudada pela prefeitura do Rio, é criar um mapa através da colaboração popular num dos setores mais deficientes na capital.

A construção do diagnóstico da mobilidade carioca se dará através da ferramenta ‘Mapeando’. A novidade faz parte do Desafio Ágora Rio, que é uma espécie de plataforma online da prefeitura para discussão de políticas a serem adotadas na cidade. O tema sobre transportes é o segundo a ser discutido. O primeiro foi Legado dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, que teve 25 propostas avaliadas pela equipe do projeto. A boa notícia é que mais da metade já está em fase de execução ou em estudo pelo município. Uma delas, o wayfinding (sinalização para pedestres) foi implantada na orla do Leme e de Copacabana.

Ciclista pedala na ciclovia da Avenida Graça Aranha%2C no Centro do Rio%3A o transporte não motorizado é um dos quatro temas da ferramentaFabio Gonçalves / Arquivo Agência O Dia

O assunto mobilidade já recebe propostas desde o final de fevereiro. Neste tema, são quatro itens que os participantes podem receber sugestões e críticas: deslocamento a pé, transportes não motorizado (bicicletas), transporte coletivo municipal (ônibus convencionais, BRTs e VLT) e transporte individual (carros e motos). “As ideias inseridas no Mapeando servirão como estudo para a prefeitura mapear, conhecer ainda mais as demandas da população e buscar soluções eficazes”, explicou a prefeitura em nota.

O processo de escolha da sugestão passa por etapas. Primeiramente, é feita a proposta, que pode, inclusive, ser discutida com outros internautas da plataforma. Nesta fase, a prefeitura acompanha com suas secretarias, a fim de esclarecer quais projetos, já estão sendo realizados ou citando outras limitações eventuais.

A segunda etapa é a de discussão. Neste momento, são realizados encontros presenciais em diversos locais da cidade para promover o diálogo e a troca de conhecimento entre representantes da prefeitura e a população.

Em seguida, é feito um ranking das ideias mais bem avaliadas. Encerrada a escolha, os usuários ajudam na produção do documento final, que será entregue para a prefeitura.Passados dez dias, o prefeito Eduardo Paes faz uma videoconferência com os participantes, onde fala quais propostas foram aceitas, o motivo e como elas poderão ser executadas.

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