Por felipe.martins

Rio - O governador Luiz Fernando Pezão voltou a negar, nesta quarta-feira, ter se reunido com o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para solicitar recursos para campanha eleitoral. Pezão afirmou que a delação premiada é um recurso importante para investigações, mas defendeu "mais apuração".

"A gente lutou muito para ter esses órgãos de fiscalização, Justiça com independência, e eu respeito muito. Só que as pessoas não podem jogar essas afirmações no ar, sem provas. Trinta milhões de reais não caem do céu. Tem que provar o que falou. Eu acho que tem de haver mais cuidado, mais apuração", defendeu.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em delação premiada que arrecadou R$ 30 milhões para caixa 2 da campanha de Sérgio Cabral para governador e Pezão para vice. Segundo ele, o dinheiro vinha de empresas que participavam da obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Paulo Roberto Costa afirmou ainda que o consórcio Compar, formado pelas empreteiras Odebrecht, UTC e OAS, pagou R$15 milhões e o restante foi dividido entre outras.

Pezão disse mais uma vez que está à disposição do Ministério Público e Justiça. "Até hoje eu não fui comunicado de nada. Não chegou nada oficial para mim, e essa conversa eu não tive. Desde o primeiro momento, me coloquei à disposição para prestar esclarecimento ao STF, STJ, Ministério Público. As pessoas que conhecem minha vida sabem que eu não participo de coisas como essas", destacou o governador.


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