Por bianca.lobianco

Rio - Seis homens em três motocicletas teriam invadido a unidade da Comlurb de Piedade, na Rua Manoel Vitorino, 140, na tarde deste sábado, por volta das 15h. Os suspeitos, que diziam estar armados, perguntaram pelo gerente da unidade. Ele e os garis foram ameaçados caso não aderissem à greve.

Antes de deixar o local, o grupo prometeu agir caso o serviço de limpeza continuasse acontecendo regularmente.

O gerente e guardas municipais que estavam próximo da unidade foram até a 24ª DP (PIEDADE) e fizeram registro de ocorrência. 

Manifestação

Na manhã deste sábado, cerca de 200 garis realizaram uma nova manifestação em frente à sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova. A passeata começou por volta das 11h30 e manifestantes em carros de som falaram sobre a continuidade da greve e denunciaram a presença de integrantes de partidos políticos na manifestação. Não houve registro de confusão. 

Garis fazem protesto em frente à sede da prefeituraFoto%3A Fabio Gonçalves / Agência O Dia

Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação, Luciano Araújo, a determinação é que se cumpra a decisão judicial imposta pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de 75% do contingente trabalhando. Porém, Luciano não soube especificar quantos garis estão trabalhando. "Agora, a greve vai continuar até o julgamento, mas precisamos respeitar a decisão judicial", disse o líder sindical.

Sobre as reivindicações do ano passado, que exigiram 37% de aumento, Luciano informou que o reajuste foi apenas para o piso salarial da categoria, que atingiu R$ 1.100. "Ano passado o aumento não foi para todos. Agora queremos 40% de reajuste para todos os trabalhadores", declarou o presidente do sindicato, que também admitiu que o movimento desse ano tem menos engajamento que o do ano passado.

Apesar de 75% dos funcionários estarem nas ruas%2C como foi determinado pela Justiça%2C caminhões da Comlurb são escoltados para garantir o recolhimento do lixoFoto%3A Mauro Pimentel / Agência O Dia

Segundo ele, a situação econômica que o país e o estado do Rio de Janeiro estão passando contribui para a diferença e deu exemplo dos trabalhadores do Comperj, que sofreram com demissões em massa e atraso de salários. "Veja a situação dos trabalhadores do Comperj, milhares de trabalhadores foram demitidos. Como a economia não vai bem, os empregados temem por seus empregos", disse.

A greve começou à 0h de sexta-feira. Segundo o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação, a categoria está paralisada pois a proposta de 47,7% foi negada, enquanto a Comlurb ofereceu um reajuste de 3%. Além disso, os grevistas pedem um reajuste no vale-refeição de R$ 20 para R$ 27.



Você pode gostar