Rio - A Comlurb não compareceu nesta segunda-feira à reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT) solicitada pelo Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação, que representa os garis em greve desde a última sexta-feira. De acordo com a empresa, o encontro não era oficial.
GALERIA: Com acúmulo de lixo e protesto, greve dos garis completa quatro dias
Representantes da categoria estão desde a manhã reunidos com procuradores do MPT, buscando reforçar suas reivindicações e tentar uma negociação quanto ao impasse entre Comlurb e grevistas. O vice-presidente do sindicato, Antônio Carlos da Silva, disse que a categoria está aberta para negociação, mas que não aceita os 3% oferecido pela empresa. Já a Comlurb informou que não havia nenhuma reunião marcada.
Um outro grupo, que seria de uma chapa de oposição do sindicato, fez um protesto no Centro do Rio, na manhã desta segunda-feira, complicando o trânsito e causando interdições na região. A passeata, que começou na Avenida Presidente Vargas, seguiu até o prédio do MPT e exigiu estar presente na reunião. Após muito bate-boca, representantes dos manifestantes subiram para se juntar aos que já estavam reunidos desde as 10h no local.
A Justiça do Trabalho determinou que 75% dos trabalhadores continuassem realizando os serviços de limpeza e coleta. De acordo com a Comlurb, esse acordo não tem sido cumprido. O sindicato da categoria nega. Hoje, as ruas permanecem tomadas por lixo em diversos pontos da cidade.
Segundo a empresa, funcionários das secretarias de Conservação, Ordem Pública e da Guarda Municipal ajudam na coleta do lixo. Através do WhatsApp do DIA (98762-8248) , um leitor enviou uma foto com homens realizando a coleta sem uniforme. Questionada, a Comlurb disse que a situação "é de emergência, de crise", não dando para exigir o uso do uniforme durante o serviço.