Rio - Acusado do assassinato de uma mãe e do filho, que ainda era bebê, Saílson José das Graças, o "monstro de Corumbá" teve prisão preventiva decretada nesta terça-feira pelo juiz Alexandre Gavião, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. O crime ocorreu no bairro Santa Rita, em fevereiro de 2010.
“Há uma necessidade manifesta de se manter, com a prisão cautelar do ora réu, a ordem na sociedade, que foi profundamente abalada pela prática de tão grave delito, com particulares repercussões e reflexos negativos decorrentes de intensa insegurança na população local pelo seu suposto atuar.”, afirmou em decisão o juiz.
Segundo os autos processuais, Saílson confessou que seguiu a vítima até a casa dela e, em seguida, entrado na residência pela janela. Depois de asfixiar a vítima, ele admitiu ter matado um bebê que dormia em seu berço. Saílson já responde pelo crime de homicídio junto com Cleusa Balbina de Paula em outro processo
Pedido de liberdade negado
A Justiça do Rio negou, no último dia 10, o pedido de liberdade a Saílson, que confessou ter matado 43 pessoas, sendo que sete homicídios foram confirmados, na Baixada Fluminense, além de Cleusa Balbina de Paula, que era sua companheira e que chegou a ser cúmplice em um dos crimes.
Na época, em decisão do juiz Alexandre Guimarães Pinto, também da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, ressaltou a periculosidade de Saílson, lembrando que "se trata de paciente ao qual se imputam delitos graves, aos quais são previstas penas elevadas". Ele justificou ainda a sua decisão, afirmando que a manutenção da prisão é para "evitar-se tentativa de fugir das conseqüências da grave conduta delituosa".